A partir de amanhã, estarão expostas no Paço Imperial uma seleção de 130 fotos do fotógrafo Alair Gomes, pioneiro no Brasil na arte de retratar corpos masculinos. As imagens foram selecionadas pelo mestre da arte fotográfica Miguel Rio Branco.
As informações são do jornal O Globo de hoje, que deu matéria da capa de seu Segundo Caderno para a exposição. As imagens selecionadas integram um total de 700 fotos, encontradas entre documentos pessoais pela irmã de Alair, Aíla, há três anos.
A exposição "A new sentimental jorney" ("Uma nova viagem sentimental") esteve este ano em Paris na Maison Européene de La Photographie.
Vida e obra
Nascido em 1921 na cidade de Valença, no Estado do Rio de Janeiro, Alair morreu assassinado em 1992 por um segurança de uma loja de discos em Ipanema, que era seu caso. O bairro carioca serviu inúmeras vezes de cenário para suas fotos de inúmeros garotos. Em vida, produziu cerca de 170 mil negativos e 16 mil ampliações desde o final dos anos 60 até o ano em que foi morto.
O fotógrafo teve também um currículo acadêmico intelectual invejável. Formou-se em engenharia civil e eletrônica, ensinou filosofia da ciência na Universidade de Yale e foi autodidata em física, matemática, biologia e neuropsicologia.
Entre outras coisas, foi crítico de arte, bolsista da Guggenheim Foundation por um ano, consultor do Museu de Arte Moderna. Trabalhou no departamento de Bio-Física da Universidade Federal Fluminense. E coordenou a Área de Fotografia da Escola de Artes Visuais do Parque Lage.
Em 2007, as fotografias de Alair serviram de referência para um ensaio realizado por Fernando Torquato para a segunda edição da revista Junior. Em 2001, 9 anos após sua morte Alair ganhou sua primeira mostra individual. Uma retrospectiva feita pela Fundação Cartier, em Paris.
Serviço:
Exposição Uma nova viagem sentimental – Paço Imperial
Praça Quinze, 48
Centro – Rio de Janeiro – RJ
Ter a dom, 12h às 18h – até 30 de novembro
Tel: (21) 2533-4407
Grátis