Participar de um piquenique tranqüilo, numa pequena cidade do interior, pode se tornar um pesadelo se as famílias do encontro são gays. Na pequena Pine City, no Estado de Minnesota, no centro-oeste estadunidense, um piquenique organizado pelos gays e lésbicas da cidade causou furor na comunidade.
A maioria dos cerca de 3 mil moradores da cidade mostrou-se contrária à realização do evento. Patrice DeGrray, moradora de Pine City, se disse ofendida pela promoção do evento, que contou com flyers e folders onde se lia "Tudo bem ser gay em Pine City". A foto ilustrativa da propaganda mostrava uma famosa estátua da cidade usando um boá rosa em volta do pescoço.
“É assim que Pine City quer ser vista no mundo, como a cidadezinha caipira que abriga o piquenique gay?”, questionaram os habitantes.
Como forma de protesto, os heterossexuais da cidade organizaram um piquenique paralelo, a poucos metros de distância das famílias gays.
Para Gary Skarsten, fundador do Grupo Círculo de Homens, responsável pelo evento, mesmo com tanta polêmica, o encontro é positivo, pois “estamos deixando a comunidade saber que estamos aqui”. “Há um medo por aí porque há desconhecimento. Nós temos fazer eventos como este piquenique. Temos que fazer as comunidades entenderem que viemos para ficar”.
“Pagamos nossos impostos, somos cidadãos e nos orgulhamos do fato de podermos nos encontrar e conversar sobre problemas comuns. E nós queremos que a comunidade saiba que não têm motivos para temer os gays e bissexuais”, ressaltou Gary.