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Pirataria que desestimula o consumo

"Filho, melhor para de comprar roupas daquela marca que você gosta porque todo mundo já está usando falsificada…", disse a mãe de um jovem apaixonado pelas roupas e acessórios da Ecko United. Marca criada em 1993 por Marc Ecko, em Nova York, foi projetada para atingir as classes A e B de lá e desembarcou no Brasil em 2004, ficando rapidamente conhecida entre os fashionistas e amantes de urbanware.

Mas como todo produto bacana, caiu no gosto popular e até o Faustão virou garoto propaganda da marca. É preciso vender, gerar interesse, criar a necessidade do consumo.O gordão está todo domingo vestindo um novo modelo de camiseta da marca e a tal popularização chegou também ao mercado negro, na pirataria. Nos centros de comércio popular de São Paulo é possível encontrar diversos modelos de camisetas e bonés da grife pagando muito menos do que os R$ 150, R$ 200 cobrandos por uma original.

Infelizmente a marca perdeu um pouco do glam por conta da falsificação e não é uma exclusividade das produções de Marc. Diesel e Prada também estão aos montes. Puma, Nike e Adidas já nem é novidade. Lacoste. D&G. O hype agora é usar algo que faça sentir-se bem, independente de marca, porque as boas marcas já não trazem mais o glam aos que entendem do assunto.

Por outro lado a pirataria acaba acontecendo por conta dos exorbitantes preços praticados aqui no Brasil. Na loja virtual da Ecko um tênis bacana custa $40 (R$ 100), por aqui não sai por menos de R$ 250. Ninguém falsifica Hering, né? Porque o preço é acessível para quase toda população. Mas é a dificuldade de acesso que cria o desejo do consumo. Psicológico.

Qualquer pessoa que possa pagar R$ 20 por uma camiseta, sem nem saber o que aquele rinoceronte significa, tem uma. E muita vezes nem sabe que está usando uma roupa que tem origem lá na gringa. Mas se ainda sim não for incomo saber que a camiseta que custou R$ 200 é vendida, uma cópia, por R$ 20, ótimo, vamos as compras.

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Oscar 2009