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Plastiscines: a velha novidade da semana

Elas são “fashion”? Elas são “punks”? Elas sabem tocar? São uma novidade ou uma pose? Toda esta polêmica acompanha as quatro garotas francesas que há dois anos fazem parte do Plastiscines. Alardeadas como sensação do novo rock francês, elas são presença certa em shows nos clubes de Nova Iorque e estão acontecendo com sua música crua e pop. Ao mesmo tempo, cantam em inglês e francês letras que, se não são palavras que salvarão o mundo, falam de sua realidade de maneira despretensiosa e verdadeira. Aliás a questão da “verdade” no mundo fashionista que está tomando conta da música é assunto para outra coluna.

O que importa é que as ex-colegas do liceu de Saint-Cyr-LEscola, Katty e Marine mandam alguns acordes na guitarra e seguram os vocais enquanto Anaïs impõe ritmo à bateria e Louise, encontrada num concerto dos Libertines, apresenta um baixo forte e bem timbrado. Pose elas têm, mas também melodias que grudam no ouvido, letras bem humoradas e um som que, fazem questão de dizer, quer ser Kinks, Blondie, B52 s, Strokes, Clash, Ronettes, Patti Smith e Yeah Yeah Yeahs com uma pitada de rockabilly. Referências, as garotas têm…

O nome do CD é LP1, com 13 músicas e 28 minutos reforçando o caráter rápido e passageiro do som que fazem e uma homenagem aos álbuns cheios de singles dos anos 50 e 60.. Nas canções, destaque para Shake (Twist Around The Fire) uma deliciosa chamada para a pista; Mr Driver segundo clipe da banda; La Règle Du Jeu que com o grito 1, 2, 3, 4 acelera na medida certa; Zazie Fait De La Bicyclette que parece ingênua mas é bem perspicaz e Pop In, Pop Out um rockabilly nervoso e irônico que tem como letra só seu título. O primeiro single é Loser que, além de levantar qualquer um, tem um clipe ótimo que começa com uns garotos tocando até que elas chegam, ocupam os instrumentos e mostram uma performance que dá vontade de vê-las num palco (Quer ver? Clique aqui). E nada de chamar as garotas de baby porque como elas dizem “já têm 18 anos!”

Ah! E como consta de todos releases da banda, as garotas resolveram tocar depois de ver um show do LiIbertines porque “eles nos fizeram ver que não precisávamos tocar muita coisa para montar uma banda de rock”, costuma dizer a vocalista Katty Besnard. As garotas do Plastiscines prometem!

:: Plastiscines Mash-up ::

“Quando você me chama, eu não respondo. Quando me vê, eu não enxergo você. Quando me procura, eu sumo. Quando você cola, eu não te entendo. Você nem sabe quem sou, mas quando ri pra mim sou eu que já não sei quem sou. Queria ficar na boa, ter controle sobre tudo. Eu me escondo, ando, corro, me quebro e nunca sossego. Você nunca parte pra ação, fricção, superstição. Ilusão? Não: eu me perco em tradução.

Eu ensinei você a jogar pra você não me enganar. Lancei os dados e joguei, joguei e joguei com você. Você concordou com as regras desse jogo codificado. Eu tinha um coringa e você era o rei. Mas agora estou sozinha nesse tabuleiro. Você jogou, jogou e jogou contra mim. E eu perdi, perdi e perdi pra você. É a regra do jogo. Jogo perigoso. 1, 2, 3, 4… Shake, shake!!”

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