Na ultima segunda-feira (14) o programa Roda Viva, que é exibido na TV Cultura as segundas-feiras as 22h, entrevistou o presidente da Câmara dos Deputados Federais Marco Maia (PT – RS). A jornalista Marília Gabriela em dado momento questionou o parlamentar a respeito do aborto e da união civil gay.
Maia disse que tais assuntos não são prioridades e que o Brasil ainda é muito jovem. Também comentou ser a favorável a realização de plebiscito para o aborto e união civil entre homossexuais. Lamentável! Mas as declarações do parlamentar acendem o sinal amarelo, se não o vermelho e devemos perguntar: o movimento gay está no caminho certo? Será que não está na hora de mudar a estratégia e fazer um embate mais agressivo?
De um lado o movimento tem feito ótimo trabalho e tensionado para que a questão chegue às escolas, cada vez mais arregimentando aliados de todos os lados. A ultima vitoria é o espaço ganho na mídia e nas telenovelas. Hoje temos uma ministra, Maria do Rosário, que discursa abertamente a favor da questão, temos senadores e deputados, enfim, mas o que falta para transformar todos esses apoios em resultado?
Depois de declaração do presidente da Câmara dos Deputados Federais, lugar onde todos os projetos de leis têm de passar, fica-se pessimista, pois, entendemos que o sujeito está inclinado a não ser favorável. Ou seja, fará campanha contra estes temas: aborto e união civil gay.
Seria interessante ter conhecimento da direção nacional dos Partidos dos Trabalhadores: estão a favor de tais temas? Na verdade, o que acontece é que boa parte das pessoas que fazem parte do PT tem a sua origem nas Pastorais, ou seja, na Igreja Católica, então é obvio que carregam valores igrejeiros no sangue. Uma pena e um atraso.
Vamos torcer para que o posicionamento de Marco Maia represente uma minoria. E que os parlamentares que atuam pela aprovação da criminalização da homofobia e união civil gay não estejam fazendo papel de palhaços, pois, com a fala do deputado é o que dá a entender. Será que teremos uma réplica de companheiros do deputado?
Por fim é preciso dizer que assuntos como o aborto, união civil e homofobia não podem ser julgado por uma maioria por justamente serem demandas de uma minoria excluída e que por conta disso os resultados de consultas populares serão para continuar a favorecer a maioria masculina e heterossexual.