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PM mantém ativistas gays em cárcere privado em Mato Grosso do Sul

A Polícia Militar do Mato Grosso do Sul está sendo acusada por Ongs GLBT de ter invadido um evento realizado no último sábado, dia 24, em um hotel no centro de Campo Grande e de ter mantido ativistas em cárcere privado.

O IV Encontro de Gays, Lésbicas, Bissexuais, Travestis e Transexuais-Ecos da Região Centro-Oeste, ocorrido no Hotel Concord, foi invadido por policiais, no início da tarde de sábado, a fim de apurar uma denúncia de uma mãe de que sua filha menor de idade teria sido aliciada por uma ativista lésbica presente ao evento.

Bastante nervosa, a mãe, segundo o site midiaindependente, acusava uma das delegadas do evento de ter assediado sua filha e de tê-la envolvida na parada do orgulho gay, organizada um dia antes.

“A PM de MS ultrapassou os limites da sua responsabilidade e feriu a constituição federal ao invadir , sem mandato judicial, um evento de organização da sociedade civil brasileira", acredita Léo Mendes, secretário de comunicação da ABGLT (Associação Brasileira de Gays, Lésbicas, Bissexuais, Travestis e Transexuais.

“Tanto o caso do afastamento das professoras lésbicas no município, como este constrangimento ilegal junto a uma delegada Lésbica do Ecos, precisam ser resolvidos em MS”, completou o ativista, relacionando o episódio à demissão arbitrária das docentes que mantinham relação homossexual.

O encontro, que contou com o apoio do Ministério da Saúde e da Secretaria Estadual de Saúde, é anual é ocorre sempre após a realização da parada gay nos estados do Centro-Oeste. Seu principal objetivo, diz o grupo Ecos, responsável pela organização do evento, é discutir os direitos humanos e traçar uma plano de luta para o enfrentamento da Aids, violência, educação e cultura da comunidade gay.

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