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Pode piorar: forte candidato ao posto de novo Papa já defendeu pena de morte para os gays

Para quem ficou feliz com a renúncia do Papa Bento XVI, é bom não se animar muito. Um dos nomes mais cotados para substituí-lo é Peter Turkson, cardeal de Gana, que tem ideais bem poucos favoráveis com relação aos homossexuais.

Turkson foi um dos que defendeu a pena de morte para os gays na Uganda, projeto de lei que ainda tramita no país africano. 

Durante um encontro das Nações Unidas em fevereiro do ano passado, o cardeal defendeu que a morte de gays e lésbicas seria justificada para defender os valores e tradições do continente africano. “A intensidade da reação (pena de morte para os homossexuais) é provavelmente compatível com a tradição”, declarou ele na ocasião.

Peter também criticou Ban Ki-moon, secretário-geral da ONU, quando esse pediu que os países africanos acabassem com a criminalização da homossexualidade. Para ele, quando o indivíduo é gay, não deve ter os mesmos direitos dos outros cidadãos.

“Quando você está falando sobre o que é chamado de ‘estilo de vida alternativa’, são estes os direitos humanos? Ele [Ban Ki-moon] precisa reconhecer que há uma sutil distinção entre moralidade e direitos humanos, e é isso que precisa ser esclarecido”. Atualmente, a homossexualidade é criminalizada em 37 países da África.

Já nessa semana, quando seu nome surgiu como forte candidato ao posto máximo da Igreja Católica, Peter preferiu ser mais contido com relação a temas polêmicos, como o casamento gay, mas ainda assim, revelou que não pretende facilitar caso seja o escolhido.

Em entrevista ao “The Daily Telegraph” na última terça (12), o cardeal disse que seu maior desafio seria manter uma doutrina católica ortodoxa enquanto "ao mesmo tempo saber como aplicá-la de modo que você não se torne irrelevante em um mundo que tem mudanças contínuas" .

Ele afirma que o papel da Igreja é converter os gays, que ele definem como cidadãos que adotaram um “estilo de vida alternativo”. "Precisamos encontrar maneiras de lidar com os desafios da sociedade e da cultura", disse Turkson, acrescentando que a Igreja precisava "evangelizar", ou converter, os que tinham abraçado "estilos de vida alternativos, tendências ou questões de gênero. Nós não podemos falhar em nossa missão de fornecer orientação."

O cardeal Turkson também já causou polêmica ao dizer que a Europa estava sendo invadida por muçulmanos e que os preservativos não eram a solução para prevenir o HIV.

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