Ilene Chaiken, autora do seriado “The L Word”, alcançou algo sem precedentes entre os escritores americanos: o direito de controlar toda e qualquer marca que fará merchandising na última temporada da série e da spin-off (série que deriva de uma outra) a ser lançada pelo canal ano que vem.
Os canais pagos do país não exibem propaganda durante os intervalos, fazendo com que a publicidade tenha que ser integrada ao seriado, a chamada merchandising, que mostra, por exemplo, um personagem consumindo uma marca específica de refrigerante ou uma determinada grife de roupas e calçados.
Estima-se que nos Estados Unidos a série seja assistida por cerca de 300 mil pessoas, a maioria mulheres com idades entre 18 e 49 anos. Um nicho de mercado espetacular para qualquer empresa que queira começar ou fortalecer laços com a comunidade LGBT.
“Eles reconhecem que há um mercado, mas eles não o entendem”, diz Ilene Chaiken sobre corporações que desejam anunciar para o público homossexual.
Além da série, Ilene pretende vender publicidade integrada no site Ourchart, considerado hoje um dos maiores sites de relacionamento lésbico. Por 300 mil dólares, a empresa compra um “pacote de integração”, onde a autora customizará um capítulo ou todo o seriado, para integrar a marca ao site e à série.
“O The L Word não é somente sobre gays e lésbicas, é sobre consumidores ávidos e conectados com a cultura pop, uma oportunidade rara para marcas que queiram fazer publicidade para mulheres, lésbicas ou não”, complementa Ilene.
Em um estudo realizado pela Comunidade de Marketing daquele país, descobriu-se que lésbicas são mais estudadas e ganham mais se comparadas a mulheres heterossexuais.
Um excelente mercado e que é pouquíssimo explorado não só nos Estados Unidos, como em nosso país também.