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Point dos sarados: Saiba quais são e o que oferecem as academias mais gays de São Paulo

De maneira geral, o homem gay é conhecido por valorizar um corpo em forma, tanto o dos outros quanto o seu próprio. Tanto é que uma pesquisa realizada recentemente na Europa concluiu que homossexuais masculinos tendem a ser mais magros do que héteros, com 50% dos gays apresentando Índice de Massa Corporal no nível considerado normal. Entre heterossexuais, esta marca não passa de um terço. E numa cidade como São Paulo, que atrai gays vindos de várias partes do país, esta tendência é facilmente percebida dentro das academias. Não é preciso esforço para notar que, em muitas delas, gays correspondem a boa parte do número de alunos.

Uma delas é a Gaviões, que conta com 8 unidades, a maioria delas na Zona Norte da cidade. Mas é a situada à rua Treze de Maio, próximo à avenida Paulista, que chama atenção pela forte presença gay. Não por acaso, o estabelecimento ganhou o friendly apelido de "Gayviões". Não surpreende que ela seja uma das preferidas por moradores de regiões próximas e mesmo de bairros mais distantes: além de ficar bem perto de "áreas gays" como Jardins e Frei Caneca, funciona 24 horas por dia e tem uma relação custo-benefício muito mais em conta do que suas concorrentes. Conta com uma sauna a vapor que funciona duas vezes por semana e que gera uma grande movimentação entre os rapazes que curtem outros rapazes.

De acordo com Claudio Medeiros, gerente do clube Tunnel e aluno da Gaviões, a frequência gay é realmente forte, com um público "mais selecionado e maduro". "Paqueras sempre existem, mas discretamente. Como de costume, não poderiam faltar aqueles que são mais exagerados nos gestos, mas tudo numa boa. Os funcionários tratam a todos educadamente e com discrição", conta. A Gaviões se destaca pela boa estrutura e pelos preços honestos. No plano anual em horário básico (entrada permitida até às 17h e depois das 22h), por exemplo, o mês fica em torno de R$ 150.

Bem diferente do cobrado pela unidade Paulista da Runner, outra com muitos frequentadores gays. Situada dentro do shopping Top Center, tem mensalidades girando em torno dos R$ 300. Seu diferencial são as três amplas salas de ginástica e quase 30 tipos diferente de aulas. Por outro lado, funciona em horário restrito aos fins de semana: aos sábados fecha às 17h e não abre aos domingos.


O estilista Marcelu Ferraz treina na Comando da Rua Augusta

Outra rede de academias bastante procurada por gays e que conta com unidade na região da avenida Paulista é a Bio Ritmo. É uma das mais disputadas de todas e cheia de gente linda. Como funciona dentro do Conjunto Nacional – no encontro da Paulista com a rua Augusta e pertinho da Consolação – atrai muitos homens gays que moram, trabalham ou simplesmente gostam de frequentar a badalada região. O jornalista Luis Henrique Dantas é um deles: "Vir à academia, para mim, acaba virando um programa como ir à balada. Depois que comecei a malhar lá, meu círculo social aumentou bastante", afirma, destacando ainda os serviços oferecidos pela Bio Ritmo, como a pista externa para cooper e espaços para convivência como lanchonete e lounge. "Nesses lugares conheci vários outros frequentadores e cheguei a ficar com alguns deles", revela. Especificamente nesta unidade, a Bio Ritmo cobra mensalidade de R$ 389 no plano anual. O inconveniente é que há uma restrição de horário. O aluno precisa escolher se irá entrar na academia entre 9h e meio-dia ou entre as 14h e 17h.

Ainda assim, o preço fica abaixo dos quase R$ 500 cobrados pela Competition, que mantém uma super academia a uma quadra da avenida Paulista. Em seus 9 mil metros quadrados, tem espaço para massagem, restaurante, lavanderia e cabeleireiro, além do anfiteatro, saunas secas e campo de society. Isso sem falar na piscina semiolímpica e na quadra poliesportiva. Os equipamentos de musculação estão sempre em impecável condição de uso e estão em número suficiente para evitar que alunos precisem fazer filas esperando sua vez de usá-los.
Mas é preciso dizer que, por lá, o carão impera. Além disso, o conforto custa caro: em um plano anual com o uso da piscina incluso, o valor do mês gira em torno de R$ 490.

Mas não é apenas de grandes redes de academias que vive a comunidade gay em São Paulo. Os estabelecimentos de menor porte também têm sua vez e conquistam seus alunos graças aos preços mais acessíveis e clima despretensioso. O estilista Marcelu Ferraz, por exemplo, treina na Comando da rua Augusta, perto de sua casa e da sua loja. "Lá eu me sinto em casa e o público é bastante diversificado", explica. Por lá, a mensalidade não passa dos R$ 200 e tem no horário estendido outro atrativo: De segunda a quinta funciona até 1h da madrugada e até meia-noite às sextas, abrindo em horário reduzido aos sábados e domingos.

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