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O motivo seria a sua participação no desfile de 7 de Setembro, no ano passado, quando o projeto da escola abordou entre outros temas a homofobia.
O professor Vitor Pelegrin desfilou de saia, enquanto alunos utilizaram adereços coloridos e camisetas com mensagens como “paz”, “homofobia não” e “respeito”.
Vitor afirma que trata-se de censura ao debate de gênero e diz estar sofrendo perseguição política.
Ele disse que o desfile foi elogiado, bem recebido pela população e que “o clima entre professores, estudantes e gestão era de alegria e satisfação ao final daquela manhã”. A mesma escola que elogiou, segundo o professor, depois do posicionamento contrário da Secretaria de Educação, teria mudado de opinião e no relato do processo administrativo se colocou contra o desfile.
“Eu vesti uma saia no dia. Tendo a acreditar que não é por isso que abriram um processo contra mim. Sou o único processado.” Ele diz que há um claro intuito de censurar o trabalho da escola e de intimidar o trabalho dos professores em toda a rede.
Professor de geografia dos nonos anos, ele ressalta ainda que esse processo não traz nenhum benefício pedagógico à escola, pois priva os alunos de suas aulas de geografia “e intimida outros professores na realização dos projetos mais ousados e sintonizados com o nosso tempo”.
“Estou recorrendo do afastamento e vamos fazer toda defesa ao longo do processo.” A Secretaria de Educação disse que não pode revelar o motivo pelo qual Pelegrin está sendo processado, já que se trata de caráter sigiloso.
“O que podemos garantir é que esse tipo de processo traz toda a condição da ampla defesa e do contraditório. Não posso para além disso expor o caso, porque inclusive incorreria num erro e com isso até podendo expor a imagem do funcionário”, afirmou Juliano Pereira de Mello, diretor pedagógico da secretaria.
Ele também negou censura ao debate de gênero ou perseguição política.