Um casal decidiu retirar seus filhos de uma escola primária pública após descobrir que o novo professor de seu filho era gay, o que, segundo eles, conflita com seus “valores cristãos pessoais”. A situação ocorreu na St Clare College Primary School, em San Ġwann, Malta, onde os pais questionaram a nova contratação. Eles alegaram que o professor, um homem que usava uma bolsa com a bandeira do arco-íris, não era apropriado para a educação de seus filhos.
O professor, Stefan Vassallo, que está na profissão há uma década, comentou que esta foi a primeira vez que foi julgado por sua sexualidade. Ele expressou que, embora se sinta seguro em sua escola e tenha o apoio da administração, o incidente o feriu profundamente. Vassallo enfatizou a importância da inclusão de LGBTIQ+ na educação, afirmando que manter crianças afastadas de pessoas LGBTQ+ é prejudicial, não apenas para a comunidade, mas também para as próprias crianças, que precisam aprender a respeitar a diversidade.
Em uma carta escrita após o incidente, ele destacou que rotular a exclusão como uma forma de “proteger as crianças” é uma visão equivocada. Ele argumentou que ensinar medo e exclusão em vez de empatia limita a capacidade das crianças de entender e aceitar a complexidade do mundo ao seu redor. Além disso, Vassallo mencionou que muitos educadores enfrentam essa realidade, onde a presença de símbolos de diversidade, como a bandeira do arco-íris, gera desconforto em alguns pais.
A mãe, por outro lado, explicou que a decisão de transferir seus filhos se baseou em razões pessoais, afirmando que eles se sentiram desconfortáveis ao ver outros alunos demonstrando afeto no parquinho. Ela reiterou que, embora respeite a vida pessoal do professor, não acredita que ele deveria ser responsável pela educação de seus filhos, enfatizando a necessidade de um ambiente saudável para a formação deles como “uma família cristã”.
Essa situação levanta questões cruciais sobre a inclusão e diversidade nas escolas, especialmente em como educadores e instituições devem responder às preocupações de pais que podem não compreender a importância da representatividade e da aceitação na formação de crianças. A educação inclusiva é fundamental para preparar os jovens para um mundo que é cada vez mais diversificado, onde o respeito e a empatia são essenciais para o convívio social.
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