Grupo de defesa dos direitos LGBTQIA+, a Associação Nacional de Travestis e Transsexuais (Antra), apresentou uma representação ao Ministério Público Federal (MPF) contra a Meta, empresa responsável por plataformas como Facebook, Instagram e WhatsApp. O motivo da denúncia é a nova política da Meta, que permite a associação da transexualidade e da homossexualidade a doenças mentais, especialmente em contextos de discursos políticos ou religiosos. Em nota, a Antra classificou essa mudança como inaceitável, ressaltando que o Brasil possui leis voltadas à proteção da comunidade LGBTQIA+. A alteração nas políticas da Meta ocorreu após uma revisão que diminuiu as restrições sobre postagens relacionadas a temas de imigração e gênero, permitindo que usuários classifiquem a diversidade sexual como uma anormalidade em discussões políticas ou religiosas.
A Antra e outros críticos afirmam que essa decisão não só reforça estigmas e desinformação, mas também aumenta a possibilidade de violência online contra indivíduos LGBTQIA+. A organização denunciou que a mudança favorece grupos extremistas, permitindo que discursos de ódio prosperem nas plataformas da Meta, assim como já ocorre em outras redes sociais como X e Telegram. Especialistas alertam que essas alterações podem piorar a situação de violência contra a população LGBTQIA+, transformando as redes da Meta em espaços mais acolhedores para discursos discriminatórios.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) não classifica a homossexualidade como doença desde 1990, e no Brasil, o Conselho Federal de Psicologia (CFP) proíbe que psicólogos tratem a homossexualidade como patologia. A Coalizão Direitos na Rede e a Al Sur, junto com cerca de 60 outras organizações, emitiram uma nota denunciando que as novas diretrizes promovem a violência de gênero e incentivam a disseminação de discursos de ódio e desinformação. Apesar das críticas, a Meta defende sua postura alegando que a flexibilidade nas políticas de moderação é necessária para garantir a liberdade de expressão, o que gera um intenso debate sobre os limites desse conceito em ambientes digitais.
Essa situação se torna ainda mais delicada em um momento em que a sociedade luta pela igualdade e respeito às identidades de gênero, reafirmando a importância de uma comunicação responsável e inclusiva nas plataformas digitais.
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