A polícia israelense deteve neste domingo, 9/9, oito jovens russos de um grupo neonazista, acusados de agredir brutalmente imigrantes, homossexuais e judeus, segundo informou a imprensa local.
Os detidos, de idade entre 17 e 21 anos, confessaram ter atacado dezenas de pessoas, a maioria formada por trabalhadores estrangeiros na região da estação central de ônibus de Tel Aviv, segundo a polícia.
A investigação policial começou há um ano, depois que desconhecidos pintaram uma suástica e o nome de Adolf Hitler em uma sinagoga da cidade de Petahtikva. Segundo fontes citadas pela imprensa, o grupo pretendia comemorar o aniversário de Hitler no Museu do Holocausto (Yad Vashem) de Jerusalém.
A superintendente Revital Almog, responsável pela investigação, disse que seus agentes descobriram que, "além de suas reuniões, nas quais faziam apologia ao nazismo, saíam em grupo para perpetrar ataques racistas em Tel Aviv".
Segundo Almog, os suspeitos escolhiam suas vítimas entre pessoas em uma posição frágil na sociedade para denunciá-los como trabalhadores ilegais, especialmente os africanos, que eram "castigados" por não serem "brancos". O grupo atacava também usuários de drogas e homossexuais, que eram obrigados a assistir à vídeos em que os jovens eram vistos agredindo imigrantes.