Um ato inédito aconteceu no Chile na última terça-feira (02/12), o Movimento Para Integração e Libertação Homossexual (Movilh) lançou junto com a polícia local uma cartilha contra a homofobia voltada para os cabos da instituição. O trabalho é desenvolvido desde 2007.
A conversa entre a ONG e o alto comando da polícia chilena teve início em outubro de 2007, porém, foi mantida em segredo para que nada atrapalhasse o trabalho. O manual explica como policiais devem tratar lésbicas, gays, transexuais e travestis.
Rolando Jimenez, porta voz do Movilh, disse que eles não acreditavam muito na saída da cartilha visto a "dificuldade" que tiveram nas negociações. "Com muita paciência e prudência a espera valeu a pena e hoje presenciamos um dos avanços mais significativos contra a descriminação", afirmou.
A cartilha recebeu o nome de "Não a discriminação, igualdade no tratamento". O material foi apresentado ontem em um ato que contou com a presença do Fundo das Nações Unidas a Infância (UNICEF) e do governo.
O chefe da polícia metropolitana do Chile, o inspetor Raul Arellano, disse que a sua instituição esta empenhada em tratar todos iguais e também "aplicar e fazer valer o conteúdo deste documento".