Na última quarta-feira (17/06), a Polícia Civil identificou o prédio de onde foi jogado um explosivo em direção a pessoas que lotavam o Largo do Arouche, em comemoração a Parada Gay, que ocorria na Avenida Paulista.
Noticiado erroneamente como uma ‘bomba’, o artefato, na verdade, era um rojão. Ao ser lançado, os estilhaços feriram ao menos 22 pessoas. Para identificar o morador que lançou o explosivo, a Polícia já convocou o síndico do edifício para depoimento.
"Depois de participar da Parada, todo mundo se dirige para a Vieira (Avenida Vieira de Carvalho). De repente, vi uma sacola preta, dessas de shopping, pegando fogo. No momento, não dei importância. Em seguida, vi saindo umas faíscas. Então, tapei os ouvidos e tentei proteger o rosto", contou o operador de telemarketing Osvaldo Rodrigues Silva, de 21 anos, ao G1.
Sobre os casos de violência durante a Parada Gay, o presidente da Associação Brasileira de Gays, Lésbicas, Bissexuais, Travestis e Transexuais (ABGLT), Toni Reis, enviou um ofício ao governador de São Paulo, José Serra (PSDB), em que cobra a punição dos culpados pelos crimes.
"Diante dessa lamentável realidade, solicitamos que as forças policiais de São Paulo não poupem esforços para identificar os culpados e que os mesmos sejam julgados e punidos exemplarmente", diz o ofício assinado por Toni Reis.
Foi solicitado também ao governador que aumente o policiamento próximo a Avenida Paulista, onde ocorre a Parada Gay. Regiões como o final da Rua da Consolação, o Largo do Arouche, a Avenida Vieira de Carvalho e a Praça da República.