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Polícia italiana descobre rede de prostituição com travestis brasileiras

Depois de três anos de investigação, a polícia italiana descobriu uma rede de prostituição em Milão envolvendo prostitutas e travestis brasileiras.

"Os brasileiros são seis travestis e três moças, de 18 a 22 anos de idade, que estavam na cidade com visto para turistas, com validade para 90 dias", disse à BBC Brasil o inspetor Vito Albanesi, um dos coordenadores da operação.

Segundo a polícia, as travestis, cujos nomes não foram divulgados pois estão sob investigação, estavam ilegalmente no país.

A organização, chefiada por italianos, administrava dezenas de apartamentos em diversas regiões da cidade e nos arredores, através de duas agências imobiliárias.

Prostitutas e travestis pagavam o valor de 1.500 euros (cerca de R$ 4 mil) por mês pelo aluguel dos apartamentos. Mas os proprietários dos imóveis recebiam apenas a metade do valor e não sabiam que suas casas eram usadas para fins de prostituição.

As próprias agências imobiliárias, segundo a polícia, procuravam as prostitutas, que buscavam os clientes através de anúncios em revistas especializadas ou mesmo em algumas ruas da cidade, para depois levá-los aos apartamentos alugados.

O preço do programa variava de 200 euros (cerca de R$ 500) até 2.000 euros (R$ 5 mil), por uma oferta de "sexo extremo", conforme definição dos agentes da polícia.

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