Constante campanha de assédio homofóbico contra policial é condenada, reforçando luta contra o ódio à comunidade LGBTQIA+
Em Belfast, Irlanda do Norte, um policial em serviço revelou o impacto devastador de uma campanha de assédio homofóbico que durou mais de dois anos, promovida por um ex-colega da polícia. Gordon Downey, de 53 anos, foi multado em £2.000 após admitir ter assediado o policial Paul Bloomer entre agosto de 2022 e outubro de 2024.
Paul Bloomer, além de servir na Polícia da Irlanda do Norte (PSNI), é uma voz ativa e respeitada dentro da comunidade LGBTQIA+. Foi co-presidente da rede LGBT+ da PSNI por seis anos e atua como diretor de comunicação da Rede Nacional LGBT+ da polícia no Reino Unido, além de ser um dos fundadores de um grupo que promove a representatividade de pessoas negras, asiáticas e de minorias étnicas nas redes policiais LGBTQ+.
Uma campanha tóxica de ódio
O assédio cometido por Downey não se restringiu ao ambiente virtual. Ele também apresentou diversas queixas infundadas à Divisão de Padrões Profissionais da PSNI contra Bloomer, criando um ambiente de insegurança e medo. O juiz distrital Peter King qualificou o comportamento de Downey como uma “campanha tóxica de ódio homofóbico”, qualificando suas ações como um ato de “loucura”.
Paul relata que o assédio o fez sentir que “não havia lugar seguro” para ele durante esse período, causando-lhe danos significativos. Ele acredita que Downey não agiu sozinho e pede que a polícia responsabilize todos os envolvidos ou que tenham facilitado essa perseguição.
Resistência e orgulho queer
Para Paul, o motivo pelo qual foi alvo é claro: sua identidade queer e seu ativismo em defesa dos direitos LGBTQIA+, especialmente das pessoas trans e não-binárias, grupos que enfrentam marginalização profunda na sociedade. Ele expressa que, apesar do sofrimento causado, jamais mudará sua posição de luta em prol das pessoas vulneráveis e marginalizadas.
“O ódio não tem mais lugar na Irlanda do Norte. Esta condenação é uma vitória contra o ódio”, afirmou o policial. Ele reforça que cada pessoa LGBTQIA+ tem o direito de viver e amar livremente, sem medo ou discriminação, e que a comunidade é construída pelo amor e pela resiliência diante do preconceito.
Uma mensagem de esperança e união
Paul Bloomer conclama toda a comunidade LGBTQIA+ a se unir contra todas as formas de ódio e discriminação, reforçando que a justiça é possível quando temos coragem de enfrentá-la. Ele agradece o apoio recebido durante esse difícil período e destaca a importância de denunciar o assédio e buscar ajuda.
Essa história de resistência e justiça ecoa como um chamado para que instituições e indivíduos promovam um ambiente seguro e inclusivo para todas as pessoas, especialmente aquelas que, como Paul, dedicam suas vidas a defender direitos e a construir um futuro mais justo para a comunidade LGBTQIA+.
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