in

Por causa da “crise”, Parada LGBT de SP passa a vender ingressos para trio

A 19ª edição da Parada do Orgulho LGBT de São Paulo, que ocorre no próximo dia 7, pela primeira vez vende pulseiras para quem quiser desfilar sobre um trio elétrico oficial. A justificativa da organização é a "crise econômica" do país e menores patrocínios.

+ Prepara-se para a Parada do Orgulho LGBT de São Paulo

A novidade do evento, que foi divulgada pelo jornal Folha de São Paulo, gerou comentários negativos, uma vez que o evento aproximaria de um carnaval fora de época que de um ato político.

Uma das pulseiras, por exemplo, dá direito a open bar.

Com venda realizada pela internet, a pulseira de R$340 dá direito a desfilar em cima do carro, beber cerveja, refrigerante e água à vontade. "Com a crise, diminuiu o dinheiro para todo mundo. É questão de sobrevivência", declara Fernando Quaresma, presidente da Associação da Parada.

QUASE PARADO

A Prefeitura de São Paulo disponibiliza R$ 1,3 milhão para a estrutura da Parada, o show de encerramento e a Marcha das Lésbicas. Neste ano, é o governo estadual que vai disponibilizar verba para a Feira Cultural do evento.

Quaresma diz que a Petrobrás reduziu em 10% o rapasse. A Caixa Econômica Federal não respondeu se enviará verbas e ainda não tem um posicionamento.

PODE VENDER PULSEIRAS?

Em outras Paradas, pulseiras e entradas em trios já ocorriam com donos dos carros. Mas este é a primeira vez que o formato é adotado pela Associação da Parada do Orgulho LGBT.

Alessandro Melchior, coordenador de Políticas para LGBT da Secretaria Municipal de Direitos Humanos, declarou que não sabia da venda de pulseiras e frisou que ela não pode ocorrer em um dos seis trios cedidos pela Prefeitura.

"A Prefeitura banca tudo de estrutura do evento. Não é necessária coleta de recursos para isso", declarou ele, que ressaltou também que a distribuição de bebidas nos trios deve seguir normas de vigilância sanitária.

Quaresma defende que a Parada não ocorre só no dia 7 e que diversas atividades são feitas durante todo o ano. "A associação não existe só na Parada, mas nos outros 364 dias do ano", declara.

Faria? Novo galã da TV, Maurício Destri se descamisa em “I Love Paraisópolis”

Após pesquisa, jornalista dá três motivos para héteros não terem medo de gays