O documentário “BBB: O Documentário”, que estreia no Globoplay, traz uma análise da trajetória do reality show que se tornou um fenômeno na televisão brasileira. Com uma narrativa dividida em quatro episódios, a produção busca contextualizar a primeira edição do programa, que teve início em 2002, em meio a um cenário de desconfiança devido ao sucesso estrondoso da “Casa dos Artistas” do SBT, que dominou a audiência no ano anterior. No entanto, ao longo de suas 25 temporadas, o Big Brother Brasil conseguiu se consolidar como um dos programas mais assistidos do país.
No documentário, os participantes de edições passadas, como Gil do Vigor e Vanessa Cristina, comentam suas experiências e a evolução do programa ao longo dos anos. Apesar disso, algumas críticas surgem quanto à profundidade da pesquisa e à falta de novidades nos depoimentos, tornando a narrativa menos envolvente do que produções anteriores, como “Para Sempre Paquitas”.
Um dos pontos altos do documentário é a participação de Solange Vega, do BBB 4, que relembra sua famosa interpretação de “We Are the World” e como sua trajetória mudou após o programa. Gil do Vigor também se destaca ao abordar sua amizade com Lucas Penteado, uma relação que gerou grande repercussão nas redes sociais durante a edição do BBB 21.
Entretanto, o documentário falha ao não explorar adequadamente a pressão enfrentada por Lucas e outros participantes, além de não aprofundar questões mais controversas, como comportamentos discriminatórios exibidos no programa. A falta de análises sobre a vida de ex-participantes após a fama e temas como a anorexia de Leka, do BBB 1, também são notadas.
Com uma direção de Bruno Della Latta e Rodrigo Dourado, “BBB: O Documentário” deixa muitos espectadores em busca de respostas sobre o que realmente faz do Big Brother Brasil um sucesso tão duradouro. A criatividade do programa, o prazer voyeurístico do público e as dinâmicas internas entre os participantes são aspectos que poderiam ter sido mais explorados. O documentário está disponível no Globoplay e é classificado para maiores de 12 anos, sendo considerado uma produção que poderia ter abordado temas de forma mais profunda e impactante.
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