Agora que o carnaval acabou, é hora de falar de assuntos um pouco mais sérios. Para esta sexta-feira, dia 23, a Associação da Parada do Orgulho GLBT de São Paulo está organizando uma manifestação na Rua Vieira de Carvalho, esquina com a Praça da República, às 20h. A manifestação vem por conta da onda de ataques homofóbicos que tem acontecido na cidade. Este é um momento bastante delicado, e, por isso mesmo, é de extrema importância que compareçam o máximo de pessoas possíveis. Quando noticiamos casos de agressões a homossexuais, como o que aconteceu com o professor universitário Alessandro Faria, o Ali, que foi agredido covardemente por um grupo de skinheads na madrugada do último sábado, 10/2, foi surpreendente o numero de e-mails e comentários de indignação de todos. Comunidades no Orkut foram criadas para protestar contra esse tipo de agressão. Mas agora é a hora de mostrar até onde vai essa indignação. Até onde você ficou chocado com essa notícia? Até o ponto de entrar numa comunidade ou mandar um e-mail dizendo “ninguém faz nada” ou até o ponto de ir à Vieira participar do protesto? Dentro do meio gay há quem não goste ou não concorde com a parada gay. Os motivos para isso são inúmeros e os argumentos, os mais variados possíveis. Há também um grupo “cético” que não vê na parada um ato de manifestação política. Se você é daqueles que questionam a validade da parada como evento político e cultural, essa manifestação é “séria, sem carro de som e sem ‘bicha de sunga rebolando’”. Se você é daqueles que não está nem aí para isso de manifestação, homofobia, e suas únicas preocupações são com o corpo malhado, a roda de conversa na academia, ou a próxima pool party, seria bom sair do seu estado natural de conforto e se juntar ao protesto. Balada, ferveção e homem são muito bons, mas é bom também sair de casa, reivindicar segurança e protestar contra a homofobia. A gente espera e acredita que a manifestação vai lotar e vai ser bem legal se isso acontecer. Vamos mostrar nossa união, indignação e respeito. Vamos levantar a bunda da cadeira e sair de casa para reivindicar um direito de todos: a segurança.