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Pra ficar na história


Ernest Hemingway

Ontem, em vez de escrever, fui ao cinema. Já estou tão em falta com o final da nossa história que nem estou esquentando muito. Fico tentado a dizer que dessa semana não passa, mas já falei isso tantas vezes que é melhor deixar acontecer antes de anunciar.

Bem, as pessoas que já me conhecem, sobretudo os leitores e em especial os leitores aqui do blog, têm total referência da minha trajetória. Mas, como sempre tem alguém embarcando no bonde de última hora, é sempre bom dar uma recordada no momento de tocar em algum assunto que precise de "pré-requisito". Este é o caso de hoje.

Então, a decisão de profissionalizar minha escrita erótica surgiu sem nenhum resquício de pretensão. Na verdade, a única pretensão, no sentido de pretender, era criar condições de transformar algo que me absorvia um bom tempo em uma coisa rentável. Claro que a mola propulsora foi o estímulo dos leitores, naquele início de "escritor de Internet". Pretendia, e ainda pretendo, chegar ao ponto de conseguir viver exclusivamente de literatura, o que, pensando em termos de Brasil, já é uma pretensão do tamanho de um bonde. Entretanto, isso tudo vem numa linha de "cotidiano", sem nenhuma ilusão de genialidade. Quero escrever livros bons, agradáveis, que estimulem os leitores e lhes proporcionem bons momentos, tanto de lazer quanto reflexão. E só. Sou bem sincero nisso, tanto que tenho a conhecida birra de não gostar de me referir ao meu trabalho como "minha obra".

Chegando ao filme. Fui ver "Meia Noite em Paris", o mais recente do Woody Allen, diretor que adoro, sobretudo pela identificação. Costumo brincar dizendo que ele me grampeia, porque fala algumas coisas que, quem me conhece, sabe que parecem saídas da minha cabeça. Não foi muito diferente com o filme de ontem, mas nem é sobre isso, e nem mesmo sobre o filme, que por fim quero falar.

Quem já assistiu, ou leu sinopse e críticas, sabe que o desenrolar da história é o encontro de um escritor contemporâneo com os grandes artistas, as expressões máximas da cultura, na Paris dos anos 20. Falei tanto pra chegar na questão central do post de hoje, que por fim pode ser resumida numa frase: Quem, do mundo contemporâneo, terá para as gerações futuras a importância que estes artistas focados no filme têm para nós? Pois é…

Beijão

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