A maioria dos pré-candidatos democratas ao cargo de presidente dos EUA mostrou-se a favor das uniões homoafetivas durante um programa de duas horas promovido pela organização Human Rights Campaign, mas refutou a idéia de casamento gay.
Seis aspirantes à Casa Branca responderam à perguntas diretas de eleitores do canal Logo, voltado para o público gay. Entre eles, estavam os senadores Hillary Clinton, Barack Obama, o governador do Novo México Bill Richardson, John Edwards e o congressista Dennis Kucinich e o ex-governador Mike Gravel. Os outros dois pré-candidatos democratas, os senadores Joe Biden e Chris Dodd, não foram ao debate.
Um a um, os políticos foram interrogados, sem debate. Hillary Clinton começou a discussão defendendo não o casamento gay, mas sim as uniões civis: “É uma postura pessoal. Deixamos claro que acreditamos na igualdade”.
Para Barack Obama, no entanto, casamento e união civil são a mesma coisa. “A semântica pode ser importante para alguns. Mas o que me interessa é garantir que os direitos legais estejam disponíveis para todos”,
Segundo o pré-candidato Dennis Kucinich, a defesa das uniões gays é uma “questão de acreditar realmente na igualdade. Ademais, todos os entrevistados afirmaram que revogariam a política “Don’t Ask Don’t Tell” de silenciar a orientação sexual nas Forças Armadas estadunidenses.
“Foi uma grande noite na luta pela igualdade”, comemora o presidente da HRC Joe Solmonese. Ele ressaltou, porém, que “a maioria dos pré-candidatos não apóia a igualdade do casamento entre duas pessoas do mesmo sexo”. "Ouvimos promessas sobre a união civil e a igualdade de direitos. Assim, a razão para se opor ao casamento homossexual ficou ainda menos clara", acrescentou.
Bush, republicano e atual presidente dos EUA, opõe-se publicamente ao reconhecimento dos direitos gays.