A Prefeitura da cidade cassou na manhã desta quinta-feira, 10/5, a licença de funcionamento do clube Ultralounge por solicitação da vizinhança, alegando que o clube é causador de transtornos relativos ao trânsito e barulho gerados na esquina da alameda Franca com a rua da Consolação.
Em nota divulgada pela assessoria da casa, o clube informou que os documentos estão perfeitamente adequados com a lei. "Todos os documentos da casa como os laudos dos bombeiros, acústica, engenharia, habite-se e as demais documentações obrigatórias estão perfeitamente adequadas desde o primeiro dia de funcionamento da casa", anunciou o clube.
A assessoria do Ultra ressaltou ainda que desde meados dos anos 80 a esquina sempre foi referência de encontro da cena GLS não só de São Paulo, como de todo o Brasil. E isso fez com que o a casa escolhesse o atual ponto para se estabelecer. A casa informa que está tomando todas as providências jurídicas para que o clube volte a funcionar.
"Independente dos desdobramentos, o clube espera que, com ou sem o Ultralounge, as reclamações dos moradores não consigam expulsar o público gay do bairro do Jardins", conclui a assessoria do clube.
Segundo a assessoria de imprensa da subprefeitura de Pinheiros, o clube estava fora de alguns padrões e com multas não-pagas. Isso levou à cassação do alvará de funcionamento da casa em janeiro deste ano. Desde a data, o Ultra funcionava com liminar da justiça.
“Estamos acostumados a fechar casas, estamos no coração da noite paulistana, a nossa preocupação é com a segurança das pessoas. Não fechamos o Ultralounge por ser uma casa GLS, poderia ser voltada a qualquer público”, completou a assessoria, negando qualquer atitude homofobica.
Histórico
Há quatro anos, o Ultralounge já foi interditado por uma brecha da lei de zoneamento. Como alternativa, a administração da casa reconstruísse o clube em novo espaço, do outro lado da rua da Consolação, onde está situado hoje.