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Prefeitura inaugura Centro de Referência da Diversidade voltado a profissionais do sexo

 No começo da tarde desta quarta-feira a prefeitura de São Paulo deu um importante passo no reconhecimento dos direitos de um segmento da população comumente marginalizado. Travestis, transexuais, homens e mulheres profissionais do sexo, além de portadores do HIV que se encontram em situação de vulnerabilidade contam agora com o Centro de Referência da Diversidade.

A iniciativa é resultado de uma parceria da prefeitura da cidade e as secretarias de Assistência e Desenvolvimento Social, Trabalho, Cultura, Participação e Parceria, Relações Internacionais e as subprefeituras da Sé e da Mooca com União Européia e as Ongs Grupo Pela Vidda e Nós do Centro.

Localizado na rua Major Sertório, próximo a esquina com a rua Rego Freitas, a meta do CRD é atender entre 1.000 e 6.000 pessoas para oferecer diversas atividades como oficinas profissionalizantes com foco em geração de renda. O centro conta ainda com psicólogos, assistentes sociais e dará também apoio jurídico.

Esqueça a história de que as travestis gostariam de fazer cursos de maquiagem e/ou corte de cabelos. Na opinião de Ana Paula Alberico, coordenadora do CRD “essa história é batida”. Até por isso o Centro não tem ainda nenhuma oficina programada ou proposta de quais serão as primeiras atuações. “Já é uma forma de respeitar o nosso público. Nossos primeiros passos será cadastrar e descobrir o público alvo. A intenção é fazer um mapeamento e descobrir qual é a demanda da região, para então formatar as oficinas”, explica.

A diva da noite paulistana Claudia Wonder será uma das monitoras de abordagem do Centro. “Farei um trabalho de campo”, conta a moça, dizendo que fica responsável pelo contato direto com o público-alvo, oferecendo assistência.

O vereador Gilberto Natalini (PSDB), representando a Câmara Municipal, lembrou em seu discurso da criação da CADS, pelo então prefeito José Serra, e disse que sobre a defesa da diversidade “muitos falam, mas poucos fazem”.

Floriano Pesaro, secretário de Assistência Social, classificou a abertura do centro como um marco nas políticas públicas e o fato “mostra que elas devem ser transversais e intersetoriais”. O secretário disse que a “criação do CRD é corajosa para uma sociedade conservadora. Pesaro declarou que se a cidade de São Paulo não for de todo mundo, através de ações como essa, não será de ninguém. O secretário protagonizou uma gafe ao se confundir na explicação do significado GLBT – Gays, Lésbicas, Bissexuais, Travestis e Transgeneros – sendo ajudado no significado pelos presentes.

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