Para o presidente da Parada Gay de São Paulo, o homem transexual Alexandre Santos, a metodologia do destaque adotado pela Conferência GLBT para votação na Plenária Final é complicada.
"Acho que tem que dar o destaque na hora e resolver na hora. Você não consegue acompanhar a leitura. É muito rápido, então você tem que ficar esperto, anotar o número da proposta. Aí você não sabe como ficou lá, ou se está no livro", afirmou Xande
Ele também reclamou da falta de propostas específicas para homens transexuais na Conferência. Propostas para mulheres trans e travestis arrancaram aplausos da platéia "TT" presente, quando tratavam de alteração de mudança de pré-nome e cirurgia de readequação sexual.
Ao contrário das etapas municipais e estaduais, onde, em plenária final, os delegados, podiam pedir destaques de supressão ou alteração enquanto as propostas eram lidas. Na nacional, o método adotado foi de uma mesa auxiliar onde os delegados que tiveram destaques a serem feitos encaminharam-no por escrito.
Após a leitura de todas as propostas feitas por todos os Grupos de Trabalho os destaques foram lidos e colocados à apreciação da Plenária.
Há de ressaltar-se ainda o resultado das discussões promovidas pelos grupos no sábado (07/06), que suprimiram propostas inexeqüíveis como "orientar ao governo que obrigue empresas multinacionais a adotarem políticas GLBTs como nas matrizes que assim o fazem".
Outra queixa freqüente foi a não existência das propostas impressas para acompanhamento. A mesa, presidida por Perly Cipriano, Irina Bacci e Ana Maria Costa, alegou que o trabalho da comissão de relatoria, que acompanhou as discussões, foi finalizado somente às 7h. Por isso não houve tempo hábil para a impressão dos documentos.