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Presidente da Parada Gay de São Paulo lamenta falta de patrocínio ao evento

A principal queixa do presidente da APOGLBT (Associação da Parada do Orgulho LGBT de São Paulo), Fernando Quaresma, durante a coletiva de imprensa da 16ª Parada Gay de São Paulo, que aconteceu nessa terça (22) no Sindicado dos Bancários, foi a falta de patrocínio.

O presidente lamentou a falta de apoio de grandes empresas, que sempre dizem "não, mas não justificam o por quê" e fez questão de ressaltar a importância da Petrobrás, da Caixa Econômica Federal e da UGT (União Geral dos Trabalhadores), que ao contrário de outras gigantes, apoiam a diversidade e estão patrocinando a Parada deste ano.

No total, foram arrecadados R$ 325 mil de apoio. Segundo Greta Sttar, da tesouraria, R$ 120 mil a menos que no ano passado.

Apesar da falta de patrocínio, Franco Reinaudo, Coordenador Geral da Diversidade Sexual (CADs), apontou que a Parada Gay de São Paulo movimenta o mercado da cidade e atrai mais de 400 mil turistas na semana do Orgulho LGBT.

Outro tema abordado durante a coletiva foi a importância da Parada na reivindicação de direitos, que este ano traz o tema "Homofobia tem Cura: educação e criminalização". Para Heloísa Gama Alves, Coordenadora de Políticas para a Diversidade Sexual, nada de concreto foi feito em 2012 em relação aos direitos LGBT.

"Não avançamos em nada em termos de legislação federal neste ano. Não temos o que comemorar e sim o que lutar", declarou. A coordenadora lembrou ainda o projeto do Dia do Orgulho Hétero, do vereador Carlos Apolininário (DEM), que classificou com uma "excrecência" e que felizmente foi vetado pelo prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab (PSD).

Ainda levando em conta o tema da Parada Gay, Heloísa Gama fez questão de pontuar que a "criminalização não vai acabar com a homofobia, mas vai punir aqueles que não respeitam a diversidade. Já a educação, sim, é o elemento mais importante para que as próximas gerações apoiem e aprendam a lidar com as diferenças", afirmou.

Como não poderia ficar de fora, o assunto educação trouxe à tona o polêmico "kit anti-homofobia", que por lobby religioso não foi distribuído às escolas estaduais e municipais. De acordo com Franco Reinaudo cabe ao MEC a responsabilidade de lidar com a questão da aprovação.

"Passamos a pensar como agir com a ausência do ‘kit’ e começamos a realizar diversas atividades, como a capacitação de professores através do programa vídeo aula", declarou Franco.

Por fim, foram apresentados os números de trios elétricos que farão o percurso pela Avenida Paulista, no dia 10. Até o momento, 12 trios estão confirmados, sendo 3 oficiais da APOGLBT: o da Parada, da Diversidade e, o último, da Paz.

Com a ausência do Tenente Coronel Wagner Rodrigues, não foram divulgados os números oficiais da Polícia Militar que fará a segurança do evento. No ano passado foram disponibilizados 1.500 PMs e 120 veículos (viaturas e motos) da Polícia Civil. No dia do evento, a Av. Paulista deverá ser liberada às 18h para o tráfego normal.

Confira abaixo a programação completa da 16ª da Parada Gay de São Paulo, que acontece no dia 10 de junho. Entre os eventos tradicionais, ficou de fora apenas o Gay Day, por "dificuldades de parceria".

CICLO DE LEITURAS DRAMÁTICAS
Dias 08, 15, 22 e 29 de maio – 20h

Livraria da Vila – Lorena (Alameda Lorena, 1731, Jardim Paulista)

08 de maio
“Para um banho depois da tarde”, de Ana Roxo e Cássio Pires

15 de maio
“Charlotty” e “On $ALE”, de Zen Salles

22 de maio
“Angor Actus”, de Raphael Ramos

29 de maio
“Neve”, de Lucianno Maza

10º CICLO DE DEBATES
Dias 28, 30, 31 de maio e 01 de junho – 19h

SESC Consolação (Rua Doutor Vila Nova, 245, Consolação)
Temas a definir

12ª FEIRA CULTURAL LGBT
07 de junho – das 10h às 22h
Vale do Anhangabaú

10ª CAMINHADA LÉSBICA
09 de junho – concentração a partir das 12h, início às 14h
Praça Oswaldo Cruz (início da Avenida Paulista)

16ª PARADA DO ORGULHO LGBT DE SÃO PAULO
10 de junho – concentração a partir das 10h, inicio às 12h

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