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Presidente do Malauí diz que país “não está pronto” para descriminalizar homossexualidade

Quando o assunto é África e homossexualidade, parece que querer não é poder. Pelo menos, no Malauí.

Desde dezembro de 2011, depois da declaração da secretária de Estado americana Hillary Clinton de que os Estados Unidos ajudariam outros países a descriminalizar a homossexualidade, o país africano, que se tornou famoso por ser a terra natal de David e Mercy, filhos adotivos de Madonna, prometeu rever uma série de leis controversas. Entre elas, segundo o então ministro da Justiça, Ephraim Chiume, a que proíbe atos homossexuais.

Em maio de 2010, um casal gay foi condenado a 14 anos de prisão após realizar sua união em uma cerimônia tradicional no Malauí. À época, o então presidente Bingu wa Mutharika comentou que a homossexualidade era "má e muito ruim aos olhos de Deus".

No mesmo mês, porém, Mutharika perdoou e libertou os dois, que posteriormente se separariam, após uma reunião com o então secretário-geral da ONU, Ban Ki Moon. Mesmo assim, o então presidente afirmou que o fez apenas apenas por "questões humanitárias". Em abril deste ano, Mutharika faleceu de ataque cardíaco, aos 78 anos, e o posto foi assumido pela vice-presidente Joyce Banda (foto), 62 anos.

A nova presidente reforçou a ideia de descriminalizar a homossexualidade. Em um discurso feito em maio, Banda afirmou, segundo a BBC e a The Associate Press, que "As leis de indecência e atos antinaturais serão revogadas".

Bem. Não serão mais: Banda acaba de voltar atrás no que tange aos direitos de gays.

Em entrevista à The Associated Press no final da última semana, a presidente disse acreditar que seu país "não está pronto" para revogar a lei que proíbe atos homossexuais.

Segundo ela, o público não apoia a derrubada da lei. "Qualquer um que tenha ouvido o debate no Malauí percebe que os malauianos não estão prontos para lidar com isso agora", disse Banda, apesar de sua vontade pessoal por reformas. A presidente também pediu à comunidade internacional que permita que cada país tenha "esse debate livremente", sem pressões.

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