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Primeira americana a ir ao espaço morre e relação lésbica de 27 anos vem à tona

Dezessete meses. Esse foi o tempo em que Sally Ride (foto), que se tornou conhecida por ter sido a primeira mulher americana a ir ao espaço, lutou contra um câncer de pâncreas.

A ex-astronauta, que, em 1983, entrou no ônibus espacial Challenger e também acumulou o recorde de pessoa mais jovem a fazê-lo, faleceu ontem, aos 61 anos de idade, em La Jolla, California.

Ride chegou a se casar com o também astronauta Steve Hawley em 1982, mas a união terminou em divórcio cinco anos depois.

Agora, somente após o falecimento, foi revelado publicamente, pela primeira vez, que Ride vivia uma relação lésbica de 27 anos com Tam O'Shaughnessy, que ela conhecia desde a infância. A revelação foi feita por meio de uma declaração preparada pela própria Sally pouco antes de sua morte.

"A maioria das pessoas não sabia que Sally mantinha um relacionamento maravilhosamente amoroso com Tam O'Shaughnessy havia 27 anos", escreveu a irmã de Sally, Bear Ride, em uma homenagem publicada no site MSNBC.com. "Sally nunca escondeu seu relacionamento com Tam. Elas eram companheiras, parceiras de negócios na Sally Ride Science, escreveram livros em conjunto, e os amigos muito próximos de Sally, é claro, sabiam do amor de uma para com a outra".

O'Shaughnessy é  Diretora de Operações e Vice-Presidente-Executiva de Conteúdo da Sally Ride Science, uma empresa criada para desenvolver materiais de ensino de ciência para crianças e adolescentes do ensino primário e médio nos EUA. As duas escreveram juntas uma série de livros infantis para estimular o interesse em ciência entre os mais jovens.

O presidente Barack Obama lamentou a morte da ex-astronauta.

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