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“Primeiro sacerdote gay da Igreja Episcopal Anglicana em Caxias do Sul: um marco para a inclusão religiosa”

"Primeiro sacerdote gay da Igreja Episcopal Anglicana em Caxias do Sul: um marco para a inclusão religiosa"
"Primeiro sacerdote gay da Igreja Episcopal Anglicana em Caxias do Sul: um marco para a inclusão religiosa"

Em uma cerimônia marcante realizada no último dia 15 de dezembro, Auderli Sidnei Schroeder, de 52 anos, foi ordenado como o primeiro sacerdote gay da Igreja Episcopal Anglicana em Caxias do Sul, na Serra do Rio Grande do Sul. A presença de Auderli, que atuava como diácono na cidade desde 2022, simboliza um grande passo para a inclusão e aceitação dentro das comunidades religiosas. A Igreja Episcopal Anglicana é conhecida por abrir suas portas para a ordenação de mulheres e pessoas homossexuais, além de permitir o casamento e a atuação fora das funções eclesiásticas.

“Foi um momento de muita emoção, um filme passou na minha cabeça. Estar em uma igreja onde posso ser quem sou é um presente. Cristo usou a compaixão, nunca usou o julgamento”, afirmou Auderli, refletindo sobre sua experiência e a importância de sua nova posição.

Na sua paróquia, a Paróquia Anglicana da Virgem Maria, Auderli também é conhecido por exibir uma bandeira com as cores da diversidade, reafirmando seu compromisso com a inclusão. Ele relata que, apesar de não ter enfrentado preconceito dentro da igreja, sua trajetória pessoal foi marcada por ataques e discriminação.

“Esse espaço é seguro para aqueles que, como eu, sofreram. Ouvi que Deus condenava e que eu iria para o inferno. Essas experiências foram muito dolorosas. Meu bispo sempre soube que eu era gay, mas nunca se importou com minha vida pessoal”, compartilhou o padre, que, além de suas funções religiosas, trabalha como guia turístico.

A atuação de Auderli é voltada para acolher todos, especialmente aqueles que sofreram preconceito, como imigrantes e mulheres vítimas de violência doméstica. “Todos somos criados à imagem de Deus, e Deus disse que tudo era muito bom”, conclui, deixando uma mensagem clara de amor e aceitação em sua nova jornada como sacerdote. Essa ordenação é um marco não apenas para a comunidade LGBT, mas também para todos que buscam um espaço seguro e acolhedor dentro da espiritualidade.

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