O futebol é uma das práticas desportivas mais machistas e intolerantes à comunidade LGBT. Um movimento que surgiu em 2017 e vem se popularizando em todo o país, entretanto, visa reverter esse cenário: trata-se de times formados apenas por jogadores homossexuais. O estilo começou em estados como São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais, e no ano passado chegou, inclusive, a acontecer o primeiro campeonato interestadual com times LGBTs. A onda agora chegou à Goiânia, capital de Goiás, que tem seu primeiro time amador com 27 jogadores assumidamente homossexuais. O intuito deles: tornar o esporte mais inclusive e coloca a homofobia para escanteio. “Os gay não se uniam para jogar futebol por causa da discriminação. Nos sentíamos menosprezados. Ao verem a possibilidade de jogar em um time 100″% gay, todos passaram a apoiar e abraçar a ideia”, contou ao site O Popular Jostter Marinho, um dos fundadores, presidente e zagueiro do Barbie Futebol Clube. “Grosseria, brutalidade, felizmente não existem com times gays. Tem as disputas, mas a lealdade, união, inclusão, força de vontade dentro de campo são lemas. Não aceitamos jogar contra times que possuem preconceito”, explica Jostter, estudante de 26 anos, que realça que o projeto não possui fins lucrativos. “Muitos gays deixam de jogar em algum momento por intolerância, bullying ou homofobia. A maior lição que podemos mostrar para a sociedade é deque não é o que você faz que te define. É preciso lutar pela inclusão no esporte, acabar com qualquer tipo de preconceito que existe”, diz o artilheiro do time, Pedro Lima, estudante de 21 anos. Levantar a bandeira da equipe e do movimento LGBT são os planos do Barbie FC para o futuro. Treinando duas vezes na semana e realizando amistosos, a equipe goiana se prepara para entrar no circuito nacional. Em novembro, tentara participar da 3ºedição da Champions LiGay, que deve receber 16 clubes de todo o país.