in

Príncipe gay indiano vem à Parada de São Paulo

O príncipe indiano e gay assumido Manvendra Sing Gohil, 43, anunciou que vem ao Brasil participar da Parada Gay em São Paulo a convite do empresário Douglas Drummond, que também é o fundador do Casarão Brasil, entidade voltada para dar apoio a LGBT em situação de risco.

Manvendra é descendente de uma dinastia com mais de 600 anos. Em entrevista à Agência Estado ele revelou que em seu país as pessoas o chamam de "Pink Prince", isso por que ele mora em um palácio cor-de-rosa, mas segundo ele, o castelo já era rosa antes dele ir morar lá e de se assumir gay.

Sobre a Parada ele disse que é "impossível" acontecer uma passeata como a brasileira. "Se fizermos algo assim, somos presos", contou. A sua visita ao Brasil tem como objetivo divulgar o seu trabalho social e conhecer o ativismo gay brasileiro. 

Manvendra já foi casado, pois em sua tradição é obrigatório. No final dos anos 90 ele se separou. No ano 2000 ele fundou a organização Lakshya Trust, que tem como principal foco a prevenção de Aids na Índia. Segundo o príncipe, tal motivação surgiu após ele ter conhecido a comunidade gay de Bombaim. "Vi que eles tinham muitos problemas e estavam abandonados".

O príncipe saiu oficialmente do armário em 2006 e na época foi deserdado pelos pais, Marajá Shri Raghubir Rajendrasinghji Sahib e Maharani Rukmani Devi Sahiba. Mas, eles fizeram as pazes após Manvendra participar do programa de Oprah Winfrey. A entrevista com ele causou ótima impressão na Índia e os pais dele voltaram atrás na decisão.

A respeito da vida gay na Índia, Manvendra revela que muitos homossexuais são infelizes por conta da obrigação do casamento. "Há, inclusive, muitos gays enrustidos dentro das famílias reais que não se assumem". O herdeiro da realeza indiana conta outro problema que vive: a falta de um parceiro. "Amor verdadeiro é um desafio, as pessoas dizem que me amam, mas elas amam o meu status. Só vou achar o meu amor fora do país (Índia)".

GGB define data da Parada Gay de Bahia

Filme gay de Sacha Baron Cohen recebe classificação para maiores de 18 anos