Assim como a sua vida é regada de polêmica, sua vinda ao Brasil já está causando certo bafafá. Como todos já sabem, Madonna fará shows no Rio de Janeiro e em São Paulo, em dezembro.
A polêmica, desta vez, gira em torno da venda de seus ingressos. Orgãos de defesa do consumidor e o Ministério Público alegam "abuso" e "cobrança indevida" na taxa de 20% cobrada para compra pela internet ou por telefone. Esta taxa é chamada de "conveniência" pelos produtores em geral. Para compra de ingressos on-line, somente cartões de crédito do Bradesco e da American Express são aceitos como forma de pagamento.
"Pelo Código de Defesa não se pode restringir o direito do consumidor. Ele tem de ter direito de opção. Isso é prática abusiva. Não se pode cercear o consumidor dessa forma", disse à Folha a promotora Adriana Borghi, coordenadora da área do consumidor do Ministério Público.
O diretor de fiscalização do Procon, Paulo Arthur Góes afirmou que a Time 4 Fun, produtora do show, vai ser processada, autuada e multada por suposta prática abusiva.
"Cobrar percentual de taxa de conveniência é abusivo. Não importa se vou de pista ou camarote, a conveniência é a mesma, que é acessar pela internet", diz Góes.
Procurada pelo jornal, a Time 4 Fun não se manifestou sobre tais acusações.
No Brasil, o ingresso para a platéia VIP, próxima ao palco, está R$ 600,00. Porém, com a taxa de conveniência o preço sobe para R$720,00. Tais valores estão entre os mais caros da turnê "Sticky & Sweet". Em Cardiff, no País de Gales, onde Madonna faz o primeiro show da turnê amanhã, a mesma área "VIP" custa 85 libras, cerca de R$ 256. Em Paris, o ingresso sai ainda mais barato, por 83,70 (R$ 200).