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Procuradoria da República abre inquérito contra a Globo por homofobia no BBB

A decisão de levar para dentro da casa do Big Brother Brasil 10 um ex-participante do reality vem dando dor de cabeça a Globo. Marcelo Dourado fez parte da quarta edição do programa e neste ano teve uma "segunda chance" de concorrer ao prêmio de 1 milhão e meio de reais.

Ainda mais polêmico do que sua primeira aparição, dentro da casa Dourado teve diversas atitudes homofobicas e fez uma declaração absurda de que somente os homossexuais estavam sujeitos a contrair o vírus da Aids. A postura do participante fez então com que a Procuradoria da República em São Paulo instaura-se um inquérito civil para apurar a responsabilidade da Globo nas declarações de Dourado.

De acordo com o procurador Jefferson Dias, se comprovada a responsabilidade, a emissora terá que elaborar, no próprio programa, uma resposta à declaração. Como por exemplo uma campanha na qual as informações corretas sobre a forma de contagio do vírus são transmitidas.

Após a declaração de Dourado, Pedro Bial disse ao vivo que o programa não se responsabilizaria pelas informações passadas por seus participantes. Em seguida, afirmou que para saber as formas corretas de contagio da Aids o público deveria acessar o portal www.aids.gov.br. No mesmo dia, as visitas ao site passaram de 7.000 para 17 mil.

Para o infectologista Ronaldo Hallal, os números não se comparam a quem estava assistindo o BBB e não acessou o site. "A Globo tem responsabilidade, pois deu voz ao participante veiculando a declaração em rede nacional, que reforça o estigma de que só homossexuais são portadores do HIV".

Através de sua assessoria, a Globo declarou à Folha de São Paulo que desconhece o inquérito, portanto não comentaria o assunto. No entanto, voltou a reafirmou que as "declarações e opiniões pessoais de participantes de reality shows" não são de  responsabilidade da emissora.

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