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Produtor Ric Sena fala da circuit party Alegria, noite, Brasil e dos preparativos da festa Alegria in Rio

Em abril de 2000, surgia na concorrida noite de Nova York mais uma circuit party. Sob o nome de Alegria e produzida pelo brasileiro Ric Sena, a festa reuniu 450 belos moços. Pronto. Era o que precisava para a festa ter sua segunda edição. Dessa vez, foram mais de 800 convidados. Era Ric Sena e sua festa “Alegria” marcando, de vez, seu território na disputadíssima noite de Nova York. Atualmente, a festa, que acontece apenas 8 vezes por ano, é uma das mais respeitadas da cena, atrai mais de 3.000 belos e gostosos convidados por festa, entre americanos, europeus e asiáticos. Agora, a Alegria aterrissa em solo brasileiro, pela primeira vez, durante o reveillon. A festa que acontece na sexta-feira, 29/12, terá como atrações os DJs Abel e Tony Moran e o LJ (Light Jóquei) Ross Berger. E para saber mais, conversamos com o produtor da festa, o brasileiríssimo Ric Sena, nascido e criado no Rio de Janeiro. A Festa Alegria Ric foi produtor de teatro por doze anos, sendo oito deles trabalhando com Miguel Falabela. Desde 1998, ele produz festa junto com sua amiga Val. Foi ele o responsável pelas festas White Party que agitou a cena carioca entre 98 a 2000, quando teve que parar para dedicar-se as edições da Alegria. “A Alegria acontece oito vezes por ano e atrai gente do mundo todo. É conhecida por reunir pessoas bonitas”, comentou Ric Sena ao site A Capa, que revelou que em suas vendas de tíquetes online já foram registrados clientes da Europa, América do Sul, Ásia e 47 dos 50 estados americanos. Qual o sucesso da festa ? Ric explica: “Trabalhamos muito na decoração da festa. Os cenários são muito bem elaborados. Na realidade, os meus cenários são feitos no Brasil pelos mesmos cenotécnicos que fazem os carros alegóricos do carnaval carioca. Tudo vem do meu background do teatro, onde a iluminação, o som e o cenário são extremamente importantes”. “As festas são quase sempre temáticas, por exemplo, a com tema de militar, na qual eu coloquei um helicóptero no meio do Crobar. Outra, foi inspirada em Gothan City”, revelou. Ric conta que uma vez perdeu toda a decoração que estava em um container dentro de um navio. Não teve outra opção. Fez com que sua equipe trabalhasse vinte quatro horas para produzir a festa e importou tudo novamente. Dessa vez, por avião. O que lhe custou muito mais. “Não pensei duas vezes. Alegria tinha um nome e esperavam por aquilo. Não poderia simplesmente chegar e justificar que o navio não chegou e blá, blá, blá… Elas foram ali para isso e é isso que terão”. Alegria in Rio E da festa no Rio, o que podemos esperar? “Uma festa de 12h, onde o público vai ser, primeiramente, respeitado. Não vai ter stress para comprar convite, entrar, a água não vai acabar… Essas coisas. A Alegria é um festa que presa pelo costumer service (serviço ao cliente). Ir à Alegria é significado de diversão. É como se fosse a minha casa”. “Inclusive, foi essa qualidade que me incentivou a voltar a fazer festas no Rio. Os cariocas, os brasileiros, precisam ver a diferença de qualidade que existe em detalhes, como um bom sistema de som, de luz. Não é só um DJ de nome que faz uma festa. Aqui, por exemplo, até o nome da pessoa que cuida da luz vai ao flyer, de tão importante esses detalhes são”. “Muitas pessoas reclamam que ficam cansadas após dançar por algumas horas, mas é claro. No Brasil, as pessoas são obrigadas a dançar em pista de cimento. E quem não fica cansado de dançar em um piso de cimento? As pessoas precisam de um dance floor, feito de madeira”, disparou Ric. Competição na noite Sob o momento conturbado de noite que o Brasil vive, onde os produtores vivem em pé de guerra pelo mesmo público, DJ, local e até data, Ric foi enfático e disparou: “Competição sempre tem. Mas não se deve confundir com guerra. Todos se dão bem. Se você decidir fazer uma festa no mesmo horário, tudo bem. Não tem problema. Não vou ficar chateado, mas vou fazer de tudo pra minha festa ser a melhor”. “Aqui as pessoas usam as cabeças mais do que no Brasil. As pessoas tentam fazer [as festas] em horários e dias diferentes pra todo mundo ganhar. Enquanto um faz na sexta, o outro no sábado. Assim, tudo acontece melhor, pois os produtores não se desgastam em concorrer. Não ficam com medo de investir e não rolar a festa, como acontece muito aí no Brasil. Como sempre, quem sai perdendo é quem vai a festa”. Para ele, as pessoas “deveriam ser ligar menos na concorrência e mais nos detalhes, na qualidade”. Brasil Com relação ao Brasil, Ric Sena diz ser apaixonado pela energia do brasileiro. “As pessoas, principalmente no Rio de Janeiro, saem e se divertem como poucas. O brasileiro é um povo que sabe se divertir. Da mesma forma que o brasileiro é feliz apesar da atual situação do país, ele também sabe se divertir na noite como ninguém”. “Sou super orgulhoso do Rio e do Brasil. As pessoas vêm aqui visitar e falam que a energia é única. E é mesmo. É um povo especial. Deixam as pessoas enlouquecidas. São pessoas gostosas, sexy. Alegria com brasileiro, vai ser out of control”. Agora, só nos resta esperar ansiosamente pela festa!

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