Em 2007, os produtores Rodrigo Zanardi e André Bianchini geraram polêmica na noite paulistana ao anunciarem a abertura do clube Flexx, na Barra Funda. Até hoje, a casa é considerada uma das mais importantes de São Paulo, lugar de grandes apresentações de cantoras e DJs.
O sucesso só foi possível porque a dupla tem experiência de longa data na produção de festas. Em 2004, Zanardi e Bianchini lançaram a primeira label party de São Paulo, a E*Joy. No ano seguinte, a festa reuniu cerca de 14 mil pessoas no Anhembi com a apresentação da diva canadense Debora Cox.
Foi também pelas mãos da dupla de produtores que o DJ israelense Offer Nissim veio pela primeira vez ao Brasil. Em 2006, a E*Joy desembarcou em Florianópolis, mais uma vez com uma atração internacional: a cantora Maya. Desde então, a label passou a ser itinerante e palco de bombadas atrações.
Neste Carnaval, Zanardi e Bianchini inovaram mais uma vez com uma atração inédita: Kelly Rowland, integrante do trio pop Destiny’s Child. Em entrevista ao site A Capa, Rodrigo Zanardi comenta sobre a programação da Flexx, a expectativa de público para as festas e como ele costuma ser preparar para a maratona. "Procuro meditar e orar muito para renovar energias."
Como foi pensada a programação da Flexx este ano?
Como a Flexx tem uma cultura de apresentar cantoras, pensamos que era hora de trazermos uma grande diva internacional para o sábado e fazermos uma outra noite de Carnaval, porém em outro espaço. Aí resolvemos transferir a noite de segunda-feira para o espaço Via Marquês, que fica praticamente ao lado da Flexx.
Por que foi cogitado o nome de Kelly Rowland?
Faz mais de 8 meses que estou negociando a vinda da Kelly para o Brasil. Estava procurando uma grande cantora internacional que tivesse hits bombados nas pistas e que nunca tinha vindo antes ao país. Concluí que Kelly é um nome forte e ideal, que agrada tanto o público da Flexx quanto o da E*JOY.
Quais são os diferenciais entre a festa na Flex e a E*JOY?
A diferença começa pelo fato de a Flexx acontecer semanalmente e até então em um local fixo. A E*JOY é um evento itinerante que não tem data certa para acontecer. E ainda há a diferença de público: na Flexx, predomina uma nova geração de meninos e meninas que adoram os DJs e enlouquecem com uma cantora; na E*JOY predomina um galera mais experiente, pessoas que viajam muito para o exterior e curtem as grandes festas lá de fora.
Qual é a expectativa de público em ambas as festas?
Certamente, as duas festas estarão lotadas, mas a E*JOY deve receber uma quantidade maior de público, pois o LIC comporta o dobro de pessoas.
Quanto foi investido na produção dessas festas?
Foi investido muito esforço, concentração e, claro, uma quantia alta de dinheiro (risos).
O público gay se tornou mais exigente?
Sem dúvida. As pessoas já eram e agora estão ainda mais exigentes. Para atender as exigências, nós produtores e donos de clubes temos que investir, e essas pessoas precisam entender que conforto e comodidade custam caro.
Como vocês vêm se preparando para dar conta dessa maratona?
Costumo delegar funções aos integrantes da equipe. No meu caso, procuro meditar e orar muito para renovar energias.
O Carnaval é a data mais rentável para realizar esse tipo de evento? Por quê?
Sim, porque todos nós brasileiros nos preparamos e nos programamos financeiramente para curtir o Carnaval. Faz parte de nossa cultura.
Qual é a programação da Flex após o Carnaval? Já podem adiantar o que vocês estão preparando para a Parada?
Então, paralelamente a esta correria de Carnaval, já estou planejando o que vem depois, mas ainda é cedo para falar aqui. Depois dos contratos assinados aí sim conto para vocês, é certo que mais novidades virão, inclusive durante a Parada.