O consumo de produtos diet e light cresce a cada ano e as opções nas prateleiras dos supermercados parecem muito interessantes para aqueles que enxergam nesses produtos ótimos aliados para diminuir o consumo de calorias.
É possível identificar esses dois termos nos rótulos de alguns alimentos, no entanto, poucas pessoas sabem diferenciá-los, o que acaba gerando uma certa confusão no momento da compra.
Segundo a legislação vigente, um produto pode ser chamado de diet ou light quando é destinado a atender necessidades dietoterápicas específicas. Assim sendo, é necessário constar no rótulo uma tabela de composição nutricional a qual poderá auxiliar o consumidor.
Os alimentos diet são aqueles em que um ou mais ingredientes são eliminados da sua composição a fim de atender um grupo específico; podem ser isentos de açúcar, sendo indicados para os diabéticos, isentos de sódio para os hipertensos, isentos de lactose para os que possuem intolerância, ou isentos de glúten para os celíacos, por exemplo.
Porém, o fato de um alimento ser diet não significa ter menos calorias. Para que isso ocorra é preciso que o ingrediente eliminado possua valor calórico como carboidrato, gordura ou proteína.
Alguns chocolates ou bolos diet se enquadram nessa situação pois acabam sendo mais calóricos do que a sua versão normal, isso porque mesmo que não contenham açúcar possuem mais gordura em sua composição, sendo essa adicionada como forma de melhorar o sabor, e vale lembrar que cada 1g de gordura contém 9 Kcal.
Enquanto que nos alimentos diet há a eliminação de um ou mais ingredientes, nos lights o que ocorre é uma redução de certo ingrediente de no mínimo 25% comparado com o alimento convencional, reduzindo conseqüentemente nutriente ou caloria. Como o próprio nome diz, é mais leve, mas para que sejam indicados a quem deseja controlar a ingestão calórica, essa redução deve, da mesma forma, ocorrer na quantidade de algum nutriente que forneça caloria; caso a redução ocorra em um nutriente não energético, por exemplo, o sódio no caso do sal light, o valor calórico final do produto não será alterado.
Mas cuidado! É preciso estar sempre atento às quantidades ingeridas. Maioneses e sorvetes, por exemplo, são bastante calóricos; nas versões lights ocorre uma redução de calorias, mas elas continuam presentes, portanto, consumir mais do que se consome da versão tradicional pode significar nenhuma redução do valor calórico.
É importante saber que ser light não significa necessariamente ser diet e vice-versa. Se você se preocupa em cuidar de sua alimentação e busca um estilo de vida mais saudável, lembre-se dessas dicas:
– A principal diferença entre um alimento diet e light está na quantidade dos nutrientes presentes em sua composição; o diet precisa ser isento enquanto o light deve apresentar uma diminuição mínima de 25% de um ou mais ingredientes, reduzindo nutrientes ou calorias em relação ao alimento convencional;
– O alimento light não deve, necessariamente, ser indicado para pessoas que apresentem algum tipo de doença, como o diabetes ou a hipertensão, por exemplo; nesse caso é mais interessante que elas busquem os produtos diet;
– Não se deve aumentar a quantidade consumida dos alimentos diet e light quando se tratar daqueles que apresentam redução de calorias ou de algum nutriente específico, pois neste caso o alimento perderá a sua finalidade.
Cuide-se! Antes do consumo destes alimentos verifique o rótulo e veja se atendem ou não a sua real necessidade.
* Beatriz Lopes é nutricionista formada pelo Centro Universitário São Camilo. Contato: orientacaonutricional@yahoo.com.br.