O professor de física e biofísica Glécio Machado Siqueira, de 36 anos, vem sendo alvo de discriminação por homofobia de alunos da Universidade Federal do Maranhã (UFMA), onde ele dá aulas para os cursos de biologia, engenharia agrícola e zootecnia.
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De acordo com o professor, três alunos de uma turma o insultam durante as aulas e, no último mês, tentaram agredi-lo dentro do banheiro masculino da universidade.
"Usaram palavras de baixo calão, inclusive 'bicha', além de terem dito que os títulos de mestre e doutor foram conquistados em troco de favores sexuais. É lamentável que um estudante não só use palavras de baixo calão, como também desafiem minha competência perante os colegas. Não se trata de questionar ou não a metodologia de ensino, o que não se pode é, a pretexto de fazê-lo, achincalhar a formação profissional e a honra do professor", desabafou ao site G1.
Sobre o caso do banheiro, Glécio afirma que estava usando o banheiro quando foi surpreendido pelos estudantes. "Ao me ver, (um deles) saiu aos chutes pelas paredes dizendo que o banheiro era de homens e que bichas deviam fazer suas necessidades no mato. Quando comuniquei tal fato á Coordenação do curso, me foi sugerido tirar uma cópia da chave do sanitário das professoras", afirmou.
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Diante das agressões morais, injúria e difamação, o professor registrou um boletim de ocorrência e comunicou o caso à UFMA. O advogado Thiago Viana, presidente da Comissão da Diversidade Sexual da OAB/MA disse que "a Coordenação do Curso de Engenharia Agrícola e de Agronomia foram avisados do ocorrido por meio de ofícios.
A Pró-reitoria de Ensino(PROEN) e a Ouvidora da UFMA foram informados por meio de e-mail, mas ficaram jogando a responsabilidade de apuração do caso uma para a outra". A Administração Superior da UFMA emitiu uma nota dizendo que repudia qualquer tipo de discriminação e que irá apurar os casos para decidir quais serão as providências.
