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Professoras lésbicas de Campo Grande falam sobre o processo; Veja vídeo

No ano passado, o Brasil inteiro teve conhecimento do caso das professoras de Campo Grande, Noyr Rondora Marques e Carmem Geraldo, que foram demitidas de suas funções após a relação amorosa entre ambas ser denunciada por uma companheira de trabalho.

Em vídeo gravado com exclusividade pela reportagem do site A Capa, durante a I Conferência Nacional GLBT, elas fazem um relato de como se desenrolou o processo. Declaram que  não tiveram acesso a nenhum documento, três juízes passaram pelo processo e o último, segundo contam, afirmou que a conduta das duas "foi amoral a comunidade e ao colégio".

As professoras alegam que há contradição no caso, pois em ata assinada por elas, havia a descrição de que a comunidade escolar não tinha conhecimento do caso. "Deu para perceber que ele não leu o processo" afirmou Carmem.

Ainda sobre a batalha judicial, disseram esperar que "a partir daqui respeitem mais as diferenças, principalmente na área da educação. Quando o caso se tornou público, alguns companheiros da área disseram que nós deveríamos ficar quietas".

Sobre a perda do processo em primeira instância, Noyr e Carmem revelam que há uma teia de poder que começa pelo prefeito, Nelson Trad Filho, que declarou publicamente em entrevista à imprensa a seguinte questão, "você deixaria o seu filho ser alfabetizado por um gay?". Porém, o apoio da comunidade e inclusive dos grupos evangélicos de Campo Grande existiu.

Sem conseguir voltar a dar aulas, Noyr diz que "todo mundo tem medo do prefeito, ele é muito poderoso. Hoje eu trabalho em uma auto-escola, inclusive o dono é evangélico". 

O casal revelou que a presença delas na Conferência foi uma questão de luta. "Quando tudo isso começou a acontecer conosco pensamos: vamos nos calar ou partir pra luta?"

Confira a história na íntegra nos vídeos a seguir.

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