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Projeto fornece tratamento estético para mulheres trans vítimas de violência doméstica em SP

Desde 2014, o Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ/SP) em parceria com a ONG Turma do Bem, criou um projeto que fornece tratamento estético para mulheres vítimas de violência doméstica. Ao fazerem o boletim de ocorrência relatando qualquer dano estético em decorrência da agressão física, a vítima é encaminhada para um tratamento ortopédico, odontológico e estético, dependendo da necessidade. A juíza Domitila Manssur explica que o objetivo é “permitir que as mulheres e meninas, familiares também, vítimas de violência doméstica e familiar, encontrem espaço para reparação estética, ortopédica e odontológica no sistema público”. “As mulheres têm que ter coragem delas mesmo se entenderem como pessoas que têm direito de se fortalecer, de resgatar autoestima, de construir autoestima, de se sentirem bonitas, felizes”, afirma a juíza. Dados comprovam que a cada 4 minutos uma mulher dá entrada em pontos de atendimento do Sistema Único de Saúde vítima de violência doméstica. ATENDIMENTO A MULHERES TRANS Desde 2016, o projeto passou a atender mulheres transexuais violentadas. O assunto ganhou notoriedade graças a uma reportagem recente da TV Globo relatando o caso da estudante Daniela de Castro que teve reparação nos dentes, por causa de uma agressão sofrida. “Uma dessas vezes [agressões] aconteceu uma coisa mais grave, eu tive meu maxilar quebrado, lembro que cheguei a desmaiar. Acordei já no hospital. Quando eu levantei da cirurgia, o médico me falou eu que tinha perdido alguns dentes e eu passei a usar dentadura”, disse. “Agora é maravilhoso, só sorrisos. Vida nova”, comemora Daniela. Funcionando há 3 anos, o programa já atendeu 650 pacientes. Desse total, onze ainda estão em tratamento.

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