No início, eram apenas idéias que não faziam nenhum sentido. Naquela época, Edith Modesto era uma mãe preocupada com seu filho gay. Depois de um tempo e de muita luta, tudo mudou. Ontem (03/08) o Projeto Purpurina, idealizado e colocado em prática por pais de homossexuais, completou 1 ano de existência.
Formado por meninos e meninas gays de 13 a 24 anos, a principal preocupação é promover a socialização e o respeito. O projeto surgiu de forma surpreendente, "os jovens começaram a me procurar, a preocupação deles era saber como fazer para que seus pais os aceitassem", conta Edith Modesto, pesquisadora, escritora, mãe de homossexual e fundadora do GPH – Grupo de Pais de Homossexuais, o primeiro grupo de pais do Brasil e que deu origem ao Purpurina.
Durante as reuniões, os jovens conversam sobre temas, que eles próprios escolhem, em uma grande roda. "Aqui, eles formam grupos de amigos para conversarem
sobre assuntos que lhes interessam. Os coordenadores são jovens, o espaço é dos jovens. São eles quem fazem as regras, escolhem os assuntos e pesquisam. Aqui aprendem a respeitar o outro", diz Edith.
Segundo os coordenadores Flávio Augusto Nascimento (23) e Edilene Ferreira dos Santos (30), as reuniões ajudam esses garotos a mudar de vida. "Eles chegavam aqui tímidos, tristes e agora estão felizes, todo esse clima ajuda, inclusive, a nós mesmos", afirmam. No Projeto Purpurina há também acompanhamento psicológico à aqueles que necessitam .
Os encontros do Projeto Purpurina acontecem no primeiro domingo de cada mês, das 15 às 19 horas, na Escola da Rainha. Neste último domingo, como de costume, uma van estava à espera dos participantes no metrô Vila Madalena. Assim que chegaram, assistiram ao filme ‘Um toque de Rosa’ e, depois, cantaram os parabéns em referência ao primeiro ano do Projeto.
Serviço:
Data: Todo primeiro domingo do mês
Onde: Escola da Rainha
Rua Rodésia, 213 – Vila Madalena
Horário: A partir das 15h