No último sábado, cerca de 100 moradores da comunidade LGBTQ+ de Columbia, junto com seus aliados, se reuniram em frente ao Courthouse do Condado de Boone para protestar contra a administração Trump e a Assembleia Geral do Missouri. Com bandeiras do orgulho tremulando ao vento frio e cortante, os manifestantes entoaram gritos como “Estamos aqui para ficar”, “Columbia não é lugar para ódio” e “Presidente Trump, vergonha em você”.
Eventos semelhantes ocorreram no Capitólio do Estado em Jefferson City, além de Kansas City e St. Louis. As atuais propostas legislativas em Missouri visam proibir cuidados de afirmação de gênero e apresentações de drag, enquanto o ex-presidente Donald Trump assinou várias ordens executivas que afetam a comunidade trans.
Durante o protesto, os participantes seguraram cartazes e diversas bandeiras do orgulho. Os oradores enfatizaram a importância do cuidado e apoio comunitário, especialmente para os jovens trans. Vera Elwood, coordenadora de programas para jovens do Center Project, um centro comunitário LGBTQ+ em Columbia, afirmou que cada relacionamento afirmativo, seja um adulto, um colega ou um familiar, ajuda a reduzir o risco de suicídio entre esses jovens. “Cada relacionamento afirmativo e amoroso que podemos oferecer a essas crianças as mantém vivas”, destacou Vera.
Os oradores também trouxeram à tona o legado de direitos e lutas da comunidade LGBTQ+. Verity Tatum, uma mulher trans, mencionou a história de ataques, como o trágico tiroteio na boate Pulse. “Cada criança trans, seu irmão gay, a ménage à trois da sua mãe na faculdade, o relacionamento de seu avô durante a Marinha…”, disse Tatum, ressaltando a diversidade e resistência da comunidade.
Erika Enlow, co-organizadora do evento, expressou satisfação com a participação e compartilhou que se inspirou a organizar o protesto após ver um vídeo no TikTok. “Queríamos ocupar um espaço que fosse acolhedor e acessível, onde as pessoas pudessem compartilhar suas histórias, se quisessem”, comentou. “Estamos tentando mostrar à nossa comunidade que podemos nos unir para não perder nossa solidariedade e não nos deixar abater pela administração Trump”.
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