Em um cenário alarmante, igrejas em Orlando, Flórida, enfrentam protestos anti-LGBTQ+ que têm se intensificado, refletindo uma crescente hostilidade nacional contra a comunidade. No último mês, a Rev. Terri Steed Pierce, do Joy Metropolitan Ministries, e o Pastor Rushing Kimball, da Broadway United Methodist Church, foram alvos de manifestantes que interromperam seus cultos com gritos de ofensa. Estes atos de agressão verbal não apenas invadiram o espaço sagrado, mas também deixaram muitos congregantes assustados e inseguros.
As manifestações, que têm se tornado mais frequentes, são parte de uma tendência alarmante em que os incidentes anti-LGBTQ+ dobraram nos últimos dois anos, com mais de 1.100 ocorrências registradas entre junho de 2023 e junho de 2024, segundo a GLAAD, uma organização nacional de defesa dos direitos LGBTQ+. Os líderes religiosos têm relatado que as mensagens de ódio e intolerância estão se infiltrando em suas comunidades, com alguns manifestantes alegando que estão ‘retomando as igrejas’ de uma ‘agenda woke’.
Após incidentes de protesto, as igrejas têm sido forçadas a contratar segurança extra para proteger seus membros durante os cultos. O Central Florida Pledge, um grupo comunitário que promove a bondade e o respeito, organizou uma “círculo de proteção” ao redor do Joy Metropolitan para garantir que os fiéis pudessem adorar em paz. Esta demonstração de solidariedade sublinha a resistência da comunidade LGBTQ+ e seus aliados diante da crescente hostilidade.
O Pastor Kimball destacou que o vídeo de um de seus sermões, onde ele aparece usando maquiagem em um evento do Orgulho, se tornou viral e atraiu um fluxo de comentários hostis, o que contribuiu para a atenção negativa que sua igreja tem enfrentado. Em resposta à crescente tensão, ele e outros líderes religiosos estão se unindo para afirmar que suas comunidades são espaços inclusivos e acolhedores.
Os desafios enfrentados por essas igrejas não são apenas sobre a proteção física, mas também sobre a preservação de um espaço seguro para a adoração e a expressão de fé. A Rev. Pierce expressou sua determinação em continuar a missão de sua igreja, que se identifica como ‘incondicionalmente gay’, e que tem sido um porto seguro, especialmente após a tragédia do tiroteio na boate Pulse em 2016.
A situação atual em Orlando é um lembrete sombrio de que, enquanto muitos lutam por aceitação e igualdade, a luta contra o preconceito e a discriminação ainda está longe de acabar. A comunidade LGBTQ+ e seus aliados continuam a resistir, mostrando que, apesar da adversidade, a união e a fé podem prevalecer sobre o ódio.
Quer ficar por dentro de tudo que rola? Dá aquele follow no Insta do Acapa.com.br clicando aqui e cola com a gente nas notícias mais quentes