A ofensiva antiderechos do presidente argentino, Javier Milei, continua a gerar reações intensas na sociedade. Nos últimos dias, uma onda de protestos tomou conta das redes sociais e das ruas, com a participação de diversos artistas argentinos que se manifestaram contra os comentários homofóbicos feitos por Milei durante o Fórum de Davos. O movimento ganhou força com a convocação para a primeira Marcha Federal do Orgulho Antifascista que ocorrerá no dia 1º de fevereiro, saindo do Congresso até a Casa Rosada, em Buenos Aires.
Artistas como Ángela Torres, Lali Espósito, Cazzu e Natalie Pérez foram algumas das vozes que se levantaram contra as declarações de Milei, enfatizando a gravidade de suas palavras e a necessidade de união da comunidade LGBT. Ángela Torres, que participou da assembleia em Parque Lezama, expressou sua preocupação com o discurso do presidente, dizendo: “Isso é muito triste, são muitos passos para trás, este discurso é violento e só pode trazer mais violência. O discurso de Milei me dá medo por meus amigos”.
Lali Espósito também se pronunciou, utilizando suas redes sociais para compartilhar a bandeira da comunidade LGBT, destacando que “um gesto vale mais que mil palavras”. Sua publicação gerou uma onda de apoio, incluindo um ‘like’ do cantor Ricky Martin, que se juntou à luta pelos direitos LGBT.
Cazzu, a trapera, fez um alerta em sua história no Instagram, dizendo: “Nosso Presidente busca a reação. Não caiam na trampa que nos convida a levantarmo-nos em ira, para sustentar suas atrocidades e discursos de ódio contra um movimento que salva vidas”. Natalie Pérez, por sua vez, destacou em sua postagem que “meus amigos homossexuais não são um câncer e não praticam a pedofilia”, reforçando a importância da aceitação e do respeito.
Diego Topa, um ídolo entre as crianças, também se juntou ao movimento, celebrando a diversidade: “Um mundo de cores! Que lindo saber que podemos escolher qual cor usar e compartilhar”.
A atriz Inés Estévez fez um chamado à união das minorias, enfatizando a importância de lutar contra a retirada de direitos que afetam não apenas a comunidade LGBT, mas também pessoas com deficiência e aquelas que enfrentam barreiras em processos de adoção. “A comunidade LGBT precisa se unir. Isso afetaria o direito de muitas famílias e crianças que esperam para ser adotadas”, declarou.
Com a marcha programada para o início de fevereiro, a comunidade LGBT argentina se mobiliza em busca de igualdade, respeito e a defesa de direitos fundamentais, diante de um cenário de retrocessos e ameaças.
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