Em uma demonstração de resistência e solidariedade, milhares de pessoas se reuniram em Budapeste, Hungria, nesta terça-feira, 25 de março de 2025, para protestar contra a recente aprovação de uma lei que visa proibir a Parada do Orgulho das comunidades LGBTQ+. A nova legislação, proposta pelo partido governista Fidesz, alega que a marcha poderia ser prejudicial às crianças, uma justificativa que tem gerado forte polêmica e indignação entre os defensores dos direitos humanos e da diversidade.
A nova lei não apenas proíbe a realização do evento, mas também autoriza o uso de tecnologia de reconhecimento facial para identificar organizadores e participantes, criando um clima de temor e repressão. O primeiro-ministro Viktor Orbán, que tem enfrentado crescente resistência política, usou essa oportunidade para criticar publicamente a comunidade LGBTQ+ e reforçar sua agenda conservadora, que se opõe a influências externas e promove uma visão tradicionalista da sociedade.
Akos Hadhazy, um dos organizadores do protesto e membro independente do Parlamento, expressou sua preocupação nas redes sociais, afirmando que a lei não é apenas uma tentativa de silenciar a Parada do Orgulho, mas também um ataque à liberdade de expressão e de reunião. O evento atraiu cerca de 2.000 manifestantes, que levantaram suas vozes contra a opressão e a discriminação, gritando palavras de ordem como “Europa” e “Fidesz imundo”, enquanto tentavam bloquear uma ponte importante na cidade.
Zsuzsa Szabo, uma participante de 72 anos vinda de Kecskemet, enfatizou que a luta vai além do Orgulho; trata-se de um direito fundamental de se reunir e expressar opiniões. Os organizadores da Parada do Orgulho afirmam que o evento não representa uma ameaça para as crianças e estão determinados a realizar a marcha, desafiando a proibição imposta pela legislação.
Esse cenário de tensão em Budapeste reflete um padrão preocupante de crescente intolerância e repressão aos direitos LGBTQ+ em várias partes do mundo, onde a luta pela igualdade e pela liberdade continua sendo um desafio constante.
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