Milhares de norte-americanos se reuniram nas ruas neste sábado, 18 de janeiro de 2025, véspera da posse de Donald Trump, em protestos que se espalharam por diversas cidades dos Estados Unidos. Os manifestantes, que incluíam ativistas de direitos humanos, movimentos feministas, grupos LGBT e defensores da causa imigratória, uniram-se em um clamor contra os potenciais retrocessos que o governo republicano pode trazer. Em Nova York, onde Jamil Chade, do UOL, esteve presente, faixas expressavam frases de resistência como ‘Abaixo a oligarquia’ e ‘Desobedeça, resista’. Um dos organizadores enfatizou a intenção de manter a mobilização ativa nos próximos quatro anos, mostrando a determinação do movimento em lutar por direitos e igualdade.
Entre os manifestantes, a voz de Diego, neto de refugiados da República Dominicana, Cuba e Equador, ressoou com força: ‘Meus avós fugiram de ditadores e eu não aceitarei que os EUA se tornem uma ditadura’. Essa declaração foi recebida com aplausos calorosos, refletindo o sentimento de muitos que têmem pela liberdade e pelos direitos civis sob um governo Trump. A professora Sandra Allen, também de Nova York, lamentou a ‘depressão’ que muitos ativistas sentem, afirmando que será necessário reenergizar aqueles que lutam por justiça.
Os organizadores do protesto destacaram que a vitória de Trump, embora não tenha sido por uma margem expressiva nas urnas, gera preocupações adicionais. Com os republicanos no controle do Senado, da Câmara dos Deputados e uma maioria conservadora na Suprema Corte, há um temor real de que direitos conquistados ao longo dos anos possam ser ameaçados. Movimentos feministas que defendem os direitos reprodutivos e sexuais estão particularmente preocupados com os efeitos que a nova administração pode ter sobre clínicas de aborto legal.
Ximena Bustamante, uma ativista mexicana que organiza ações de apoio a imigrantes, alertou para os desafios que estão por vir, enfatizando a importância da união entre diferentes grupos para resistir às investidas contra as minorias. ‘Os riscos são reais’, ela afirmou, ressaltando a necessidade de vigilância e mobilização.
O clima de indignação também se manifestou em declarações emocionadas de participantes, como a de uma senhora que, ao carregar um cartaz atacando o ‘fascismo’, expressou sua frustração: ‘Não acredito que estou aqui de novo protestando contra essa merda’. A criatividade dos manifestantes se destacou com símbolos irreverentes, como escovas de banheiro transformadas em réplicas da cabeleira de Trump, ilustrando o compromisso e a resistência que prometem se intensificar nas semanas seguintes. Essa mobilização mostra que, apesar do cenário desafiador, a luta por direitos e igualdade continua forte e unida.
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