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Psicólogo Pedrosa Responde: Ejaculo muito rápido e meu parceiro não gosta. O que faço?

Pedrosa, tenho 25 anos e sou ativo na relação com meu parceiro. Só que sempre ejaculo muito rápido. Assim que penetro, gozo. Existe algum remédio ou algo que possa fazer? Isto está trazendo insatisfação ao meu parceiro. Jaime (Belo Horizonte – MG)

A Ejaculação Rápida é a segunda queixa mais comum no consultório do terapeuta sexual. Só perdendo para a Disfunção Erétil. Segundo pesquisa realizada em 2003 pelo Instituto de Psiquiatria da Universidade de São Paulo (USP), cerca de 25,8% dos brasileiros queixam-se de Ejaculação Rápida. Os tipos de Ejaculação Rápida são três, sendo de maior prevalência a do tipo Primária. A Primária ocorre desde a iniciação da vida sexual. Já a Secundária aparece no decorrer da vida sexual e a Situacional aparece momentaneamente e num período inferior a seis meses desaparece.

O perfil dos ejaculadores rápidos é assim caracterizado. Primária: indivíduos mais jovem, alto nível de ansiedade, vida sexual muito ativa, pouca associação com disfunção erétil e alto grau de insatisfação sexual; Secundária: indivíduos mais velhos, baixo nível de ansiedade, vida sexual pouco ativa, maior associação com Disfunção Erétil e menor grau de insatisfação sexual.

No diagnóstico devemos levar em consideração fatores orgânicos que possam estar associados, como: sintomas de doenças neurológicas, trauma ou cirurgia pélvica ou abdominal, sintomas do trato geniturinário, uso de drogas leves, pesadas ou prescritas e ainda disfunções sexuais outras, como Disfunção Erétil. Em alguns casos é necessário um bom exame físico feito pelo médico urologista seguido de exames laboratoriais. A maioria dos casos de Ejaculação Rápida é de origem não-orgânica.

Só o remédio não resolve. Em poucos casos poderá ser associado a terapia o uso do Cloridrato de Paroxetina que é um potente antidepressivo inibidor seletivo da recaptação da serotonina. O uso desta medicação tem que ser autorizada por um médico urologista. A automedicação é perigosa. Na maioria dos casos não se usa a medicação.

Para o tratamento desta disfunção sexual, é necessário que você procure um psicólogo especializado em terapia sexual que saberá como fazer este tipo de atendimento. Existem técnicas que usamos na terapia para dessensibilizar o organismo e a pessoa começar a ter o controle ejaculatório. Este problema tem solução, desde que tratado com um especialista. Quanto mais cedo você tratar melhor. Quanto mais velho você ficar, mais difícil o tratamento por causa da história de reforço, ou seja, um longo período de condicionamento.

*João Batista Pedrosa é psicólogo (CRP 06/31768-3) e autor do livro "Segundo Desejo" (Iglu). Envie suas dúvidas e perguntas para pedrosa@syntony.com.br. Acesse também seu site.

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