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Psicólogo Pedrosa Responde: Quero namorar, mas gays só querem sexo! O que faço?

Sou estudante de Biologia e tenho 21 anos. Minha primeira relação sexual gay foi com 16 anos de idade. De lá para cá só tive um namoro que durou seis meses. Gostaria de ter uma relação estável, mas tá difícil. O que anda acontecendo com os gays, Pedrosa? É só sexo mesmo? Ah, sou  bem resolvido adoro ser gay e nunca tive maiores problemas em casa ou na Faculdade. Márcio (São Paulo – SP)

Márcio a sua pergunta é muito boa. Seu questionamento é bem contemporâneo. Penso que a questão não é bem o que anda acontecendo com os gays, mas sim o que anda acontecendo com a nossa cultura? O comportamento dos gays é um reflexo das mudanças que estão ocorrendo na nossa cultura, seja no Brasil, ou mesmo no mundo.

Quero colocar alguns pontos para você refletir. Na última década houve uma grande mudança nas nossas práticas culturais, em particular, na nossa prática cultural sexual. Não só dos gays, mas dos héteros, também. Novas contingências criaram novos paradigmas. Uma variável importante nestas mudanças está ligada á comunicação. Hoje nosso planeta é uma grande aldeia global. A internet, a telefonia celular e suas várias tecnologias e aplicativos proporcionam uma rápida comunicação entre as pessoas.

Hoje, encontrar pessoas que tenham afinidades semelhantes as nossas é fácil e a tendência é ficar mais fácil no futuro. Então, a busca do reforço sexual ficou enormemente facilitado pela tecnologia. E imaginar que no século passado os gays tinha que se encontrar em lugares públicos ou guetos. Hoje você pode conhecer um cara na net e marcar minutos depois um encontro para conversar ou mesmo buscar sexo. Ele pode se saciar fazendo o sexo virtual ou o real, sem muito esforço.

A mudança no ambiente cultural muda o nosso comportamento na medida em que somos controlados pelo ambiente e ele influencia o nosso comportamento a todo momento. Para um jovem gay conectado na internet que tem acesso a uma gama imensa de possibilidades e variedade de parceiros fica difícil ele querer estabelecer uma relação estável. Notadamente nos grandes centros. A relação estável concorre com a variedade de possibilidade de se obter o reforço sexual, ou seja, ter vários parceiros sexuais.

E aí? Como ficam as relações? A relação estável, com um só parceiro, sucumbiu? Será que o futuro reserva as relações abertas? Novos arranjos de parcerias serão estabelecidas. Difícil prever o que acontecerá exatamente no futuro. Façamos, então, no presente o que a vida nos permite fazer. Sejamos pragmáticos.

*João Batista Pedrosa é psicólogo (CRP 06/31768-3) e autor do livro "Segundo Desejo" (Iglu). Envie suas dúvidas e perguntas para pedrosa@syntony.com.br. Acesse também seu site.

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