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Psicólogos norte-americanos condenam terapia de conversão de gays

A APA (Associação Americana de Psicologia) reafirmou ontem que profissionais de saúde não devem dizer a pacientes gays que eles podem se tornar heterossexuais através de terapias ou outras formas de tratamento.

Durante a convenção da APA realizada em Toronto, no Canadá, a resolução, aprovada por 125 votos contra 4, partiu de um relatório baseado em dois anos de pesquisa. Um total de 150 profissionais afiliados manifestaram firme oposição à chamada "terapia reparadora", que busca a mudança de orientação sexual.

O texto afirma que não há evidência sólida de que essa mudança seja possível. De acordo com o relatório, alguns estudos sugerem até mesmo que esse tipo de esforço pode induzir à depressão e a tendências suicidas. "Quem atende deve ajudar seus pacientes por meio de terapias que envolvam aceitação, apoio e exploração de identidade, sem imposição de uma identidade específica", diz o documento.

Segundo a psicóloga Judith Glassgold, da Universidade de Rutgers, "os psicoterapeutas religiosos precisam abrir seus olhos para os potenciais aspectos positivos de ser gay ou lésbica. Terapeutas não religiosos precisam reconhecer que algumas pessoas podem dar preferência a sua religião, em detrimento de sua sexualidade."

No Brasil
O Conselho Federal de Psicologia (CFP) confirmou a "censura pública" à psicóloga Rozângela Justino, aplicada pelo Conselho Regional de Psicologia do Rio de Janeiro em 2007. A psicóloga foi denunciada por movimentos de defesa da liberdade sexual, por oferecer um tratamento de cura para homossexuais em seu consultório no Rio.

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