A busca do deputado federal Jair Bolsonaro por um partido que o aceite como candidato à presidência acabou. Na sexta-feira, 05, o PSL (Partido Social Liberal) anunciou a filiação do parlamentar ao partido e, por conseguinte, sua pré-candidatura ao pleito presidencial. Em nota, o presidente nacional do PSL, deputado Luciano Bivar (PE), afirmou que “é com muito orgulho que o PSL recebe o deputado Jair Bolsonaro e sua pré-candidatura à Presidência da República”. “Outrossim, é com muita honra que o deputado se sente abrigado pela legenda e muito à vontade em um partido onde existe total comunhão de pensamentos”, continua nota do texto, que considera, também, que as ideologias de Bolsonaro são condizentes com a filosofia do partido. Em dezembro de 2017 rumores de que Jair Bolsonaro (até então filiado ao PSC) se filiaria ao PSL circularam, mas foram veementemente negados pelo partido, que chegou a afirmar que as ideologias do deputado eram antagônicas ao do PSL. À época atendendo pelo nome de PSL-LIVRES, a sigla divulgou uma nota no Facebook no dia 20 de dezembro, onde rechaçou os rumores “em função das evidentes e conhecidas divergências de pensamentos”. “O projeto político de Jair Bolsonaro é absolutamente incompatível com os ideias do LIVRES e o profundo processo de renovação política com o qual o PSL está inteiramente comprometido”, dizia a nota divulgada publicamente na rede social. Questionado pela agência “Lupa”, da revista Piauí, o presidente da sigla, Luciano Bivar disse que agora o Bolsonaro é “bem vindo” ao partido e que hoje o pensamento do parlamentar e do PSL são “mais convergentes do que divergentes”. Após a oficialização da pré-candidatura de Jair Bolsonaro, o LIVRES abandonou o PSL. CONSERVADOR Segundo colocado nas pesquisas de intenções de votos, atrás apenas do ex-presidente Lula, Bolsonaro é a principal aposta da extrema direita. Conhecido por seu comportamento intempestivo e ojeriza aos movimentos sociais e direitos humanos, o parlamentar é a favor da intervenção militar e saúda torturadores da ditadura militar. Evangélico, Bolsonaro pertenceu, por muito tempo, ao time aliado do deputado cassado e preso por corrupção, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Assim como Cunha, Jair é contrário aos direitos da comunidade LGBT, legalização do aborto e, entre outros, sofre processo no Supremo Tribunal Federal por afirmar que a deputada Maria do Rosário (PT-RS) não “merece” ser estuprada porque ela é “feia”.