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Que 2011 seja um ano promissor para os direitos LGBTs

Pensei em deixar meu texto sobre as finalizações como o ultimo de 2010, mas esta semana aconteceram coisas que me deixaram um tanto “irritada” e quero compartilhar com vocês.

Semana passada, fui com minha família no bar Estação Fradique, aqui do lado do meu consultório, e ao entrarmos o garçom vira para meu pai e diz: “Senhor, quero avisar que depois das 20h vem muitas mulheres com mulheres aqui , sabe? Aviso pra não acharem estranho”.

Eu olhei pra todo mundo e perguntei ao garçom: e o que poderia ser estranho? Todo mundo riu, mas fiquei com aquilo na cabeça.
Ontem, uma amiga me contou que foi a ginecologista e ao ser questionada sobre sua vida sexual, revelou que era casada com uma mulher. A médica, olhou um tanto indignada, e perguntou: sua filha sabe? “Claro, por que não?” – respondeu minha amiga.

Após alguns minutos, a médica se manifestou. “É que ela é menor de idade e tenho que deixar isso escrito”. Gente, não entendi!!! O que é isso? Vivemos num país livre ou não? A questão é que ainda vivemos num país em que não existe educação suficiente para se aceitar e conviver com as diferenças, e o que deveria existir é somente isso, educação.

Não venham me falar que hoje existe uma melhor convivência entre a maioria heterossexual e a minoria homossexual, é balela. A grande maioria está pouco se lixando para o cultivo de um NÃO bem grande aos preconceitos. O que fazer então? Mudar de país? Sinceramente, não sei…

Gostaria muito de mostrar para minha filha que vale a pena lutar por seus direitos e que as diferenças são só diferenças e não ameaças. Eu tento, mas às vezes me sinto única num mar de milhões…

No entanto, no meio disso tudo sei que existem, sim, pessoas que lutam, e lutam muito pelos direitos das mulheres homossexuais. Um dia desses, descobri esse site e quero dividi-lo com vocês. Lá, fazem um trabalho muito legal na promoção dos direitos das mulheres, levam informação e ajuda jurídica, entrem e vejam vocês mesmas!

Espero que 2011 seja um ano promissor no que se diz respeito aos direitos dos LGBTs, que atos de violência como os que ocorreram na Av. Paulista sejam repudiados e punidos com seriedade.

Que mulheres possam se beijar, se abraçar e demonstrar o afeto que sentem sem se importar com o lugar que estão. Que possam falar, sem medo de serem tachadas de transgressoras, a todo o mundo: Eu amo outra mulher! Eu transo com outra mulher! Eu sou casada com outra mulher!

E melhor ainda seria se cada um olhasse mais para seu próprio umbigo e percebesse que o que incomoda é aquilo de que se tem medo de fazer parte de si mesmo.

Um feliz final de 2010 e uma ótima passagem de ano a todas.

*Regina Claudia Izabela é psicóloga e psicoterapeuta. Email: claudia@dykerama.com

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